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Ataque dos EUA no norte da Síria pode ter matado chefe do grupo Estado Islâmico

O Exército americano anunciou que suas tropas atacaram, nesta segunda-feira (17), um grupo jihadista no norte da Síria e que “provavelmente mataram” um de seus chefes. Ele era responsável por atentados na Europa e no Oriente Médio.

As forças do governo sírio têm lutado contra o grupo Estado Islâmico nas planícies áridas de Sueida desde que os jihadistas realizaram uma onda de ataques na província de Drusa, em 25 de julho, matando 250 pessoas.
As forças do governo sírio têm lutado contra o grupo Estado Islâmico nas planícies áridas de Sueida desde que os jihadistas realizaram uma onda de ataques na província de Drusa, em 25 de julho, matando 250 pessoas. SANA/AFP/File
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A nova incursão, que faz parte de uma série de ataques americanos com o objetivo de atingir chefes do Estado Islâmico, após sua derrota em 2019, na Síria, foi realizada em uma região controlada por grupos armados pró-turcos, no norte do país.

Dois outros “indivíduos armados” foram mortos no mesmo ataque, de acordo com um comunicado do comando militar dos Estados Unidos no Oriente Médio (Centcom).

O Centcom não precisou, no entanto, a identidade do chefe do EI visado, nem das duas pessoas mortas. Nenhum civil ou membro das forças americanas morreu ou ficou ferido na operação, de acordo com a mesma fonte.

Um grupo turco implantado na região de Sueida, onde aconteceu o ataque, nas proximidades da fronteira com a Turquia, afirmou que dois de seus combatentes morreram.

De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria, “violentos confrontos se produziram durante a incursão, quando dois projéteis visaram um imóvel onde estava um membro do EI”.

A ONG, com sede no Reino Unido, afirmou que o chefe jihadista e dois outros combatentes morreram. A organização também informou que o líder do EI vinha de Manbij, onde estava preso, uma região mais ao sul, controlada por forças curdas.

Ao sair da prisão, ele fugiu para Sueida, há seis meses, onde foi protegido por um grupo pró-turco mobilizado na região.

Derrota territorial do EI

O diretor da ONG, Rami Abdel Rahmane, indicou que após a derrota territorial do EI, diversos jihadistas se uniram a grupos rebeldes pró-turcos, no norte da Síria.

Nesta segunda-feira, moradores de Sueida afirmaram a um jornalista da AFP que um chefe do EI morreu quando tentava fugir e que seu corpo foi entregue a um de seus irmãos.

Apesar da derrota territorial, o EI realiza ataques na Síria. No domingo (16), a organização atacou pastores e pessoas que colhiam trufas no deserto, deixando 40 mortos.

Já o Exército americano realizou nos últimos anos diversos ataques tendo como alvo os líderes do grupo jihadista na Síria. No começo de abril, o governo americano anunciou ter matado um dirigente do EI responsável por ataques na Europa, que foi identificado como Khaled Aydd Ahmad al-Jabouri.

O EI revindicou uma série de ataques mortais na Europa, quando controlava diversas regiões na Síria e no Iraque. Mas, em outubro de 2019, Washington anunciou a morte do chefe do Estado Islâmico, Abou Bakr al-Baghdadi, durante uma operação das forças americanas. Seus dois sucessores também morreram na Síria em fevereiro e em novembro de 2022.

A guerra da Síria, que começou em 2011, deixou quase 500 mil mortos, devastou as infraestruturas do país e levou milhões de pessoas a deixarem suas regiões.

(Com informações da AFP)

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