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Coreia do Norte dispara novo míssil balístico e "provoca" EUA durante eleições de meio mandato

A Coreia do Norte disparou pelo menos um míssil balístico nesta quarta-feira (9), informou o exército da Coreia do Sul. O disparo, o mais recente de uma série recorde de lançamentos neste mês, foi realizado durante o período de eleições de meio mandato nos Estados Unidos, como havia ameaçado Pyongyang. 

Foto divulgada em 25 de março de 2022 pela agência estatal norte-coreana Kcna de um tiro de míssil balístico intercontinental  Hwasong-17.
Foto divulgada em 25 de março de 2022 pela agência estatal norte-coreana Kcna de um tiro de míssil balístico intercontinental Hwasong-17. © AFP
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O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul afirmou que "detectou um míssil balístico de curto alcance lançado pela Coreia do Norte no Mar do Leste", também conhecido como Mar do Japão, de Sukchon, na província de Pyongan do Sul, às 15h31 (3h31 de Brasília).

"Reforçando a vigilância e o controle, o exército sul-coreano permanece preparado e coopera de maneira próxima com os Estados Unidos", acrescenta o comunicado. O Japão também confirmou o lançamento. O governo indicou no Twitter que a Coreia do Norte "disparou um suposto míssil balístico".

O lançamento aconteceu no momento em que os Estados Unidos apuram os votos para as eleições de meio mandato para a Câmara de Representantes e o Senado.

Eleições nos EUA

A agência de inteligência sul-coreana havia alertado que o líder norte-coreano Kim Jong-un poderia aproveitar a data das eleições para realizar um teste nuclear.

No início do mês, a Coreia do Norte efetuou uma série sem precedentes de lançamentos, incluindo um míssil intercontinental que, segundo o exército sul-coreano, fracassou.

Pyongyang também lançou um míssil balístico de curto alcance que atravessou a disputada fronteira marítima com a Coreia do Sul em 2 de novembro. Na ocasião, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-youl, classificou a ação de "invasão territorial de fato".

Os disparos integram uma sequência iniciada em 2 de novembro por Pyongyang, que já disparou 23 mísseis, mais do que em todo o ano de 2017, quando Kim Jong-un e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entraram em confronto verbal por meio da imprensa e do Twitter.

Frota envelhecida 

Os tiros coincidiram com manobras militares conjuntas das Forças Aéreas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, no exercício denominado "Tempestade Vigilante", o maior já realizado até o momento, com centenas de aeronaves.

O exercício colocou em ação alguns dos caças mais modernos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, incluindo os F-35.

Em setembro, a Coreia do Norte modificou sua doutrina nuclear para permitir ataques preventivos em caso de ameaça contra o regime de Kim Jong-un.

Se o "sistema de comando e controle" nuclear da Coreia do Norte "estiver correndo risco de ataque de forças hostis, uma ofensiva nuclear será executada de forma automática e imediata", afirma a nova doutrina.

Seul e Washington alertaram que a Coreia do Norte pode executar um teste nuclear em breve, que seria o sétimo da história do país e o primeiro desde 2017.

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