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Bélgica concede asilo político ao ex-presidente equatoriano Rafael Correa

O ex-presidente do Equador Rafael Correa recebeu a condição de refugiado na Bélgica, de acordo com uma cópia do certificado emitido pelo Comissariado Geral de Refugiados e Apátridas. O documento é datado de 15 de abril. A justiça equatoriana havia pedido a extradição do ex-chefe de Estado nesta sexta-feira (22).

O ex-presidente do Equador Rafael Correa (foto) recebeu a condição de refugiado na Bélgica, de acordo com uma cópia do certificado emitido pelo Comissariado Geral de Refugiados e Apátridas.
O ex-presidente do Equador Rafael Correa (foto) recebeu a condição de refugiado na Bélgica, de acordo com uma cópia do certificado emitido pelo Comissariado Geral de Refugiados e Apátridas. AFP/Archivos
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Com informações de Esther Herrera, correspondente da RFI em Bruxelas

"É um alívio, porque quando te dão esta proteção, isso prova que você está sendo perseguido", declarou Correa à AFP. O ex-presidente mora na Bélgica desde 2017, quando deixou a presidência depois de dez anos no cargo (2007-2017). Sua esposa, Ann Malherbede, é de origem belga.

Em relação ao pedido de extradição assinado nesta sexta, o ex-presidente declarou que as autoridades equatorianas "vão passar vergonha novamente. Já tiveram o pedido negado várias vezes. Mas isso não importa para eles".

Em Quito, o Ministério das Relações Exteriores do Equador indicou em comunicado que não foi notificado da concessão do asilo político por nenhuma "fonte oficial".

De acordo com seu advogado, o processo de pedido de asilo foi iniciado em 2018, quando o ex-presidente começou a ter problemas legais, com denúncias de que estaria ligado a um suposto sequestro de um oponente na Colômbia. Em entrevista à RFI naquele mesmo ano, ele assegurou que o asilo político era uma de suas opções.

Correa sempre defendeu sua inocência e teve que provar às autoridades belgas que sofria perseguição política no Equador. O ex-presidente socialista, de 59 anos, foi condenado à revelia a oito anos de prisão pelo crime de suborno no chamado caso Suborno 2012-2016. Esse crime, assim como os de peculato, concussão e enriquecimento ilícito, é imprescritível no país.

Em sua tentativa de capturar Correa, o sistema de justiça equatoriano pediu à Interpol que o incluísse em sua lista vermelha, mas os pedidos foram rejeitados.

(Com informações da AFP)

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