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Casos de Covid-19 triplicam no Equador mesmo com 80% de vacinados

Apesar de ter quase 80% da população vacinada com as duas doses do imunizante anticovid, o Equador encerrou o mês de dezembro com o triplo de casos positivos de Covid em relação a outubro. A causa do rápido aumento poderia ser a chegada da variante ômicron, situação que preocupa as autoridades do país. 

Homem usa máscara nas ruas de Quito, capital do Equador.
Homem usa máscara nas ruas de Quito, capital do Equador. AP - Dolores Ochoa
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Éric Samson, correspondente da RFI em Esmeraldas

De mais de 7.000 casos em outubro e 10.000 em novembro, os números de infecção por Covid-19 ultrapassaram a cifra de 21 mil casos em dezembro no Equador.

O aumento pode estar relacionado à propagação da variante ômicron, que já é transmitida localmente, mas as confraternizações de final de ano e o relaxamento da população em relação às medidas de proteção sanitária também tiveram seu peso.

O DJ Raul Borbor, organizador de festas, conta sobre a dificuldade em fazer seus clientes manterem os cuidados. "Os clientes tiveram que usar uma máscara para entrar [na balada], mas depois tiraram para beber e aproveitar a festa. Alguns tentam ficar mais isolados, mas a maioria não se importa", explica o organizador de festas.

Com vacina, mas sem máscara

Nas praias da província de Esmeraldas, o turismo de verão voltou sem as medidas sanitárias, como nos conta Wilfrido Jijón, que trabalha em um hotel da região.

"Os turistas dizem que estão vacinados e por isso não precisam usar máscaras", diz. A explicação desconsidera que os vacinados ainda podem se contaminar e contaminar aos outros.

Com o aumento de circulação no balneário, Carla Taco, médica de uma brigada móvel do Ministério da Saúde, observa um forte aumento do número de casos. "Tivemos mais pessoas neste domingo do que no sábado". Fizemos cerca de 30 testes rápidos e tivemos de 10 a 15 resultados positivos", diz ela.

O maior número de casos ainda se concentra nas províncias de Guayas, Pichincha e Chimborazo, explica o epidemiologista Jonhy  Real Cotto, da Universidade Costera de Guayaquil. Por enquanto, segundo ele, “os casos ainda são em sua maioria causados pela variante delta, que circula majoritariamente em 23 das 24 províncias do país”.

A chegada da variante ômicron assusta as autoridades sanitárias do país, que impuseram a apresentação de um cartão de vacinação para entrar em eventos públicos, restaurantes, shopping centers, cinemas e teatros.

Pouco antes do Natal, o Equador tornou-se o primeiro país latino-americano a exigir que seus habitantes fossem imunizados contra a covid-19 a partir dos cinco anos de idade.

Até agora, o Equador registrou 551.620 casos confirmados e 33.682 mortes devido ao coronavírus.

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