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Coreia do Sul: Após uma campanha marcada por calúnias, conservador Yoon Suk-yeol é eleito presidente

O líder da oposição conservadora, Yoon Suk-yeol, foi eleito presidente da Coreia do Sul, informou nesta quarta-feira (9) a agência Yonhap, depois que seu adversário governista, o liberal Lee Jae-myung, admitiu sua derrota. Após uma campanha dominada por calúnias entre os dois principais candidatos, a participação eleitoral foi de 77,1%, neste país de cerca de 52 milhões de habitantes.

O conservador Yoon Seok-yeol foi eleito presidente da Coreia do Sul
O conservador Yoon Seok-yeol foi eleito presidente da Coreia do Sul © Baek Seung-ryul/AP
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Após a apuração de 98% da urnas, Yoon, do Partido do Poder Popular (PPP), "obteve 48,59% dos votos frente a 47,79% para Lee", do Partido Democrático (centro-esquerda), do atual presidente Moon Jae-in, detalhou a Yonhap. "Esta é uma vitória para o grande povo da Coreia do Sul", declarou Yoon a apoiadores que cantavam seu nome na Assembleia Nacional.

Os dois partidos estão em polos ideologicamente opostos. A vitória de Yoon marcará o início de um regime mais conservador após cinco anos sob os liberais moderados do presidente cessante. É também uma reviravolta dramática para o PPP, que ficou estremecido em 2017 depois que sua líder e presidente do país, Park Geung-hye, foi destituída e presa por acusações de corrupção, antes de ser perdoada.

De acordo com analistas, um habitual "ciclo de vingança" pode começar agora na política sul-coreana, onde os presidentes cumprem apenas cinco anos de mandato e todos os ex-líderes vivos foram presos por corrupção após deixar o cargo.

Durante a campanha eleitoral, Yoon ameaçou investigar o atual presidente Moon Jae-in, citando "irregularidades", sem dar detalhes. Mas em seu discurso de vitória, ele adotou um tom mais conciliador, dizendo que, apesar da campanha polarizada, "a competição acabou e todos devem dar as mãos para se tornar um".

Aos 61 anos, Yoon é um novato político. Ele foi eleito em junho para representar PPP, o principal grupo de oposição de direita da Coreia do Sul e venceu com uma campanha propondo flexibilizar as leis trabalhistas, incluindo o salário mínimo e a jornada de trabalho.

A economia é uma das principais preocupações dos sul-coreanos. Mas o novo presidente também terá de enfrentar uma Coreia do Norte mais agressiva, que executou uma série recorde de testes de armas este ano, incluindo um no sábado passado.

(Com informações da AFP)

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