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Autor de novo ataque terrorista na Nova Zelândia era monitorado pela polícia

Um ataque terrorista ocorrido nesta sexta-feira (3) em um centro comercial na periferia de Auckland, na Nova Zelândia, deixou pelo menos seis feridos, três em estado grave. O extremista que executou o atentado foi morto pela polícia era fichado e teria se inspirado nas ações do grupo Estado Islâmico. Segundo a primeira-ministra neozelandesa, Jacinta Arden, ele vivia há dez anos no país e era monitorado pelo serviço secreto há cinco anos.

Um terrorista próximo ao grupo do Estado Islâmico esfaqueou seis pessoas em um supermercado de Auckland na sexta-feira antes que a polícia o abatesse, disse a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern.
Um terrorista próximo ao grupo do Estado Islâmico esfaqueou seis pessoas em um supermercado de Auckland na sexta-feira antes que a polícia o abatesse, disse a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern. AP - Robert Kitchin
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"Um violento ataque extremista atingiu cidadãos inocentes, mas foi controlado logo no início", declarou a premiê em uma entrevista coletiva. "Fazíamos o possível para monitorá-lo e isso possibilitou uma intervenção em cerca de 60 segundos, o que prova o nível de vigilância", acrescentou o comissário de polícia Andrew Coster, que respondeu às perguntas da imprensa ao lado da ministra. O autor do atentado era natural do Sri Lanka e chegou ao país em 2011. Ele agiu sozinho e não está relacionado a uma rede extremista que poderia representar uma ameaça pública, disse Coster.

O homem entrou em um centro comercial no subúrbio de Auckland, pegou uma faca que estava na vitrine de uma loja, e começou a esfaquear as pessoas que passavam no local. Os policiais civis que o monitoravam abriram fogo no minuto seguinte. "O que aconteceu hoje foi um ato de ódio desprezível, detestável", acrescentou Arden. "Foi um ato cometido por um indivíduo, não por uma religião, uma cultura ou uma etnia. Ele carrega sozinho a responsabilidade dos seus atos", declarou.

A primeira-ministra disse que não poderia revelar mais detalhes sobre o autor do atentado porque uma decisão judiciária proíbe a publicação de informações sobre ele. O governo deverá pedir a retirada dessa medida para que que a população "possa compreender melhor o contexto", afirmou.

De acordo com Arden, o agressor já havia sido preso, mas foi libertado por falta de provas. "O fato que ele vivia no meio da população mostra que não pudemos usar as leis como  gostaríamos", insistiu. A chefe do governo se disse "inconformada" com o fato de que uma ameaça terrorista conhecida das autoridades pôde se concretizar. "Sei que fazíamos tudo que estava ao nosso alcance. Fiquei arrasada", declarou.

Coragem dos policiais

A primeira-ministra não quis revelar quantos indivíduos eram monitorados por terrorismo no país, mas disse que poucos entravam nessa categoria. O chefe da polícia neozelandesa defendeu a ação dos agentes, apesar de eles não terem conseguido neutralizar o autor do atentado antes da ação. "Eles agiram com muita coragem", afirmou.

"A realidade é que quando vigiamos alguém 24 horas por dia, sete dias da semana, nem sempre é possível estar o tempo todo ao lado", explicou. A Nova Zelândia registrou seu pior ataque terrorista em maio de 2019, em Christchurch, quando um supremacista abriu fogo em duas mesquistas, matando 51 pessoas e ferindo outras 40

(Com informações da AFP)

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