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Condições de vida no Afeganistão se degradam rapidamente desde chegada do Talibã

Os afegãos se aglomeram aos milhares diante dos portões fechados do aeroporto internacional, à espera de uma chance de poder embarcar em um voo para o Ocidente. Enquanto isso, as condições no local se degradam, falta comida e a sujeira se acumula. Uma garrafa d’água pode custar US$40 e um prato de arroz, US$100, informa um afegão em um vídeo divulgado no site do jornal Le Parisien.

Soldados americanos nos arredores do aeroporto de Cabul, em 20 de agosto de 2021
Soldados americanos nos arredores do aeroporto de Cabul, em 20 de agosto de 2021 Wakil KOHSAR AFP/Archivos
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“Esses preços estão fora de alcance para a maioria das pessoas aqui”, diz Fazl-ur-Rehman, no vídeo montado a partir de reportagens de agências internacionais. 

“Os afegãos reféns de um país em bancarrota”, diz a manchete de um artigo no site da France24. “Presos em uma armadilha em Cabul, os afegãos precisam enfrentar agora uma falta de dinheiro vivo, após o fechamento dos bancos no dia 15, quando os Talibãs tomaram o poder”, explica o canal de informações.

Abdul, refugiado na França, disse à France24 que não consegue mais enviar dinheiro a seus pais, como fazia todos os meses, pois empresas como Western Union também encerram atividades.

“Faz mais de uma semana que estou escondida, quase sem comida ou dinheiro. Mesmo se eu me arriscar a sair da clandestinidade, os bancos estão fechados e não tenho nenhuma opção para conseguir dinheiro e comprar produtos básicos”, diz uma ativista.

O calor é intenso. As forças estrangeiras ajudam distribuindo água e mantimentos. As condições de vida também se degradam em todo o país.

“Pedimos paz e preços mais baixo para o novo governo”, diz Zainullah, motorista de taxi, no vídeo do Le Parisien. “As pessoas mais pobres não conseguem mais viver.

Segundo o Programa Alimentar Mundial (PAM), o valor do trigo, farinha e arroz dispararam e colocam em perigo a segurança alimentar dos afegãos.

O PAM encaminhou 600 toneladas de alimentos para o Afeganistão em uma semana, ajudando mais de 80 mil famílias. O organismo faz um apelo à comunidade internacional para agir antes de o inverno chegar. Segundo o PAM, um entre três afegãos passa fome.

O Afeganistão é um dos sete países mais pobres do mundo e depende muito da ajuda internacional. Muitos financiadores, como o Banco Mundial, anunciaram a suspensão desses subsídios. O FMI também reteve US$ 370 milhões previstos para estarem disponíveis desde o dia 18 de agosto.

A maior parte das reservas monetárias do Banco Nacional Afegão está bloqueada fora do país.

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