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Países do G7 querem mecanismo rápido para conter "propaganda de desinformação" russa

Os países do G7 devem considerar uma proposta com o objetivo de implementar um mecanismo de reação rápida para conter a "propaganda" e a desinformação russa, disse o chanceler britânico, Dominic Raab. Os ministros das Relações Exteriores dos sete países mais ricos do mundo se reunirão presencialmente pela primeira vez desde o início da pandemia no início desta semana em Londres.

O presidente da França, Macron, participa da reunião de cúpula do G7 por teleconferência, em 19 de fevereiro de 2021.
O presidente da França, Macron, participa da reunião de cúpula do G7 por teleconferência, em 19 de fevereiro de 2021. REUTERS - POOL
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“Quando vemos mentiras, propaganda ou notícias falsas sendo espalhadas, não podemos apenas agir individualmente, mas precisamos nos unir para refutar essas informações e restaurar a verdade, para os habitantes destes países, mas também na Rússia, na China ou em todo o mundo”, disse o chanceler britânico Dominic Raab.

De acordo com autoridades de segurança do Reino Unido, dos Estados Unidos e da União Europeia, a Rússia e a China estão tentando criar problemas no Ocidente, espalhando notícias falsas na época das eleições ou espalhando mentiras sobre as vacinas contra a Covid-19.

A Rússia nega qualquer interferência além de suas fronteiras e acusa o Ocidente de histeria hostil contra ela. A China, por sua vez, acusa o Ocidente de um comportamento colonialista que lhes dá a impressão de poder agir como uma espécie de "policial do mundo".

“É hora de questionar as razões pelas quais países profundamente problemáticos com propaganda e que a usaram mais de uma vez para justificar intervenções armadas ou derrubadas de governos acusam nosso país de seus próprios males”, disse Maria Zakharova, porta-voz do o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, nas redes sociais.

"Ameaça" russa e chinesa

A Grã-Bretanha vê a Rússia como a maior ameaça à segurança e a China como um desafio militar, econômico e tecnológico de longo prazo. Nos últimos meses, autoridades britânicas e norte-americanas expressaram preocupação com a crescente cooperação estratégica entre a Rússia, o maior país do mundo em termos territoriais, e a China, cuja economia é a que mais cresce no planeta.

“O que mais importa para nós é expandir o grupo de países com ideias semelhantes que defendem sociedades abertas, direitos humanos e democracia, que defendem o comércio aberto”, disse Dominic Raab. Segundo ele, muitos desses aliados querem "saber como começou essa pandemia".

A pandemia de coronavírus, que começou na China em 2019, matou 3,2 milhões de pessoas em todo o mundo e custou trilhões de dólares. Dominic Raab defende uma reaproximação entre o G7 e outros países com ideias semelhantes, a fim de criar uma rede maior de aliados em favor de uma economia aberta e um sistema político "democrático".

O G7, que inclui Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, tem um produto interno bruto combinado de cerca de US$ 40 trilhões, ou um pouco menos da metade da economia mundial.

Para o chefe da diplomacia britânica, as ações da Rússia são uma ameaça e os ataques cibernéticos da Rússia, China e Irã devem ser combatidos de forma conjunta no mundo inteiro.

(Com AFP)

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