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Coronavírus/ Economia

Países do G7 vão coordenar ações contra impacto do coronavírus no crescimento mundial

Representantes de Bancos Centrais e ministros das Finanças dos países do G7 conversam na terça-feira (3) por telefone para coordenar ações diante do impacto do novo coronavírus no crescimento mundial, já fragilizado pela guerra comercial entre China e Estados Unidos.     

Segundo balanço do novo coronavírus de terça-feira (3), o número de mortos supera 3.000.
Segundo balanço do novo coronavírus de terça-feira (3), o número de mortos supera 3.000. REUTERS/Tingshu Wang/File Photo
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A intervenção é atípica, porque os Bancos Centrais normalmente reagem a crises financeiras e não a epidemias com consequências incertas.

A crise do vírus Covid-19 paralisa uma boa parte da economia de dezenas de países atingidos, principalmente a China, levando ao fechamento de fábricas, escolas, anulações de voos, conferências e salões.

Segundo a OCDE, a economia mundial não deve crescer mais que 2,4% este ano. Este índice era de 2,9% antes da epidemia, o mais baixo desde a crise financeira de 2008-2009.

Analistas preveem diversas hipóteses de ações para conter a retração do crescimento: baixa das taxas aplicadas aos depósitos dos bancos, aumento do ritmo mensal de compras de ativos e empréstimos gigantes aos bancos com condições favoráveis.

Semana passada, a Bolsa de Nova York viveu a pior semana desde a crise financeira de 2008. Mas Wall Street se recuperou na segunda-feira (2), com a expectativa do anúncio de que as autoridades monetárias empreenderiam ações coordenadas para diminuir o impacto econômico da epidemia.

Crise do setor do automóvel

Um dos setores atingidos pela crise do coronavírus é o automobilístico. A Federação Italiana de Concessionárias de Automóveis (Federauto) anunciou que as vendas de carros nas zonas onde há foco da doença na Itália estão recuando, em um mercado desaquecido há meses e que já apresentava uma queda de 8,8% em ferevereiro. A baixa nas vendas é mais representativa nas regiões afetadas pelo Covid-19. Na região da Lombardia, principal foco da doença no país, com 10 cidades em quarentena, a compra de carros caiu 20,9%. Em Vêneto, outra região atingida, a queda foi de 19,54% e em Emilia Romagna, de 19,56%.

Nessas regiões, “as dificuldades de locomoção e as restrições impostas às atividades das empresas, comerciais e sociais levaram a uma redução dramática das vendas”, segundo a Federauto.

O número de casos de contaminações pelo coronavírus chegou a 90.914 em 76 países, 80.151 só na China, segundo balanço da AFP. Mais de 3.000 pessoas morreram.

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