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Por causa da pandemia, menos jornalistas morreram em 2020, segundo Repórteres Sem Fronteiras

Trinta e dois jornalistas e colaboradores da imprensa foram assassinados desde o início do ano, segundo a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), um número abaixo de 2019 devido à pandemia, mas que continua preocupante, destaca a ONG.

Jornalistas de uma TV libanesa cobrem a pandemia em 2020.
Jornalistas de uma TV libanesa cobrem a pandemia em 2020. AFP Photos/Patrick Baz
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Nesta segunda-feira (2), Dia Internacional pelo Fim da Impunidade por Crimes Contra Jornalistas, a RSF reitera seu pedido ao secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, para criar o cargo de "representante especial para a segurança de jornalistas".

“O secretário-geral tem pouco mais de um ano para atuar e deixar um legado significativo na luta contra a impunidade e na proteção dos jornalistas. A designação de um membro de sua equipe como contato privilegiado, única ação concreta por enquanto, não basta ”, lamenta o secretário-geral da ONG, Christophe Deloire, em coluna publicada em diversos meios de comunicação.

Em 2019, 49 jornalistas foram mortos em todo o mundo, um número bastante inferior ao do ano anterior. As zonas de conflito têm provocado menos mortes entre os jornalistas porque eles vão cada vez menos para essas áreas, de acordo com RSF.

Crise sanitária impediu trabalho de campo

Se a queda é ainda mais acentuada em 2020 - até agora 29 jornalistas e três colaboradores da mídia foram mortos desde o início do ano - é porque com a crise de saúde muitos jornalistas não puderam trabalhar como antes, explica a RSF, que publicará seu relatório final no final de dezembro, como todos os anos.

“O período da Covid-19 realmente mudou a situação local. Poucos jornalistas foram mortos, mas houve mais pressão e abusos contra profissionais”, observa RSF. “As ameaças são cada vez mais sutis e muito mais difíceis de combater”, nota Christophe Deloire.

“Na última década, quase 1.000 jornalistas foram mortos em conexão com seu trabalho e os crimes quase sempre ficam impunes. Muitos desses casos não foram investigados de forma adequada e os responsáveis jamais foram responderam por seus atos”, lamenta Christophe Deloire, apontando para a “falta de mecanismos internacionais eficazes”.

A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) está lançando uma campanha global "para denunciar aqueles que ordenam crimes contra jornalistas, mas permanecem impunes, bem como para pedir aos governos que tomem medidas urgentes para acabar com a impunidade e proteger a liberdade de imprensa ", de acordo com um comunicado.

(Com informações da AFP)

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