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Cúpula em Biarritz

G7 concorda que Macron negocie questão nuclear com o Irã, mas sem Estados Unidos

O Palácio do Eliseu afirma que a cúpula do G7, que acontece em Biarritz, concordou em "nomear" o presidente francês, Emmanuel Macron, para negociar com o Irã sobre o futuro do seu programa nuclear e "evitar uma escalada dos conflitos na região". No entanto, os Estados Unidos seguirão o próprio caminho nessa questão, ressaltou Donald Trump.

Integrantes do G7, como o francês Emmanuel Macron e o americano Donald Trump, fazem reunião de trabalho na cúpula do G7 em Biarritz, nesta manhã (25/08/2019).
Integrantes do G7, como o francês Emmanuel Macron e o americano Donald Trump, fazem reunião de trabalho na cúpula do G7 em Biarritz, nesta manhã (25/08/2019). Andrew Harnik/Pool via REUTERS
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O objetivo é impedir “a todo o preço” que Teerã consiga fabricar uma bomba nuclear. Essa possibilidade se acentuou depois que os Estados Unidos se retiraram do acordo internacional sobre a questão e retomaram as sanções contra o Irã, em 2018.

Em reação, Teerã abandona gradativamente os compromissos assumidos no pacto, firmado após duras negociações, em 2015. A França tem tentado salvar o acordo e mantém diálogos frequentes com o presidente iraniano, Hassan Rohani.

Paris afirma que Macron ficou encarregado de “lavar uma mensagem” baseado no que foi discutido entre os líderes das sete economias mais industrializadas do planeta, em um jantar na noite de sábado (24), no lançamento das reuniões do G7. O teor dessa mensagem não foi divulgado, nem os pontos que poderiam ser evocados em uma negociação.

Horas depois, o presidente americano desmentiu ter concordado em nomear Macron para negociar em nome do grupo. Ele disse que vê com bons olhos a iniciativa francesa, mas ressaltou que "os Estados Unidos terão a própria iniciativa" neste assunto.

“Ainda é cedo” para volta da Rússia

Além da França, também integram o grupo a Alemanha, o Reino Unido, a Itália, os Estados Unidos, o Canadá e o Japão. A cúpula também debate o eventual retorno da Rússia ao G7, do qual foi excluída em 2014, devido à guerra contra a Ucrânia.

Donald Trump informou que aconteceram "vivas discussões" sobre o assunto no jantar de sábado. A presidência francesa indicou que o grupo concordou em se se reaproximar da Rússia, mas julga que “ainda é cedo” para aceitar o restabelecimento do G8.

Camaradagem entre Trump e Johnson

Na manhã deste domingo (25), à margem da cúpula, Trump teve a sua primeira reunião com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que assumiu o cargo em julho. Para o americano, Johnson "é o homem certo" para conduzir o Brexit.

Os dois políticos mantêm uma simpatia mútua e Trump voltou a prometer "um grande acordo comercial" com o Reino Unido tão logo o país deixar a União Europeia.

O líder americano indicou ainda que o país está "muito próximo" de fechar um pacto comercial com o Japão. O magnata acrescentou que o clima das discussões na cúpula está "muito bom", apesar do ceticismo da imprensa e de analistas antes da reunião.

Com informações Reuters e AFP

 

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