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Síria

Erdogan afirma que tropas turcas e aliados controlam o reduto curdo de Afrin

As forças turcas e seus aliados do Exército Sírio Livre entraram neste domingo (18) em Afrin, reduto curdo no noroeste da Síria, e assumiram o controle completo da cidade. De acordo com a imprensa turca, os combatentes curdos de uma milícia considerada terrorista por Ancara quase não resistiram à invasão. As tropas turco-sírias realizam operações de limpeza de minas.

Civis continuavam fugindo da violência em Afrin neste domingo, 18 de março.
Civis continuavam fugindo da violência em Afrin neste domingo, 18 de março. George OURFALIAN / AFP
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Afrin era o principal alvo da ofensiva lançada em 20 de janeiro pela Turquia contra a milícia curda das Unidades de Proteção do Povo (YPG), um grupo descrito como "terrorista" pelo atual governo turco, mas um valioso aliado de Washington na guerra contra os extremistas islâmicos na Síria.

O presidente turco, Recep Erdogan, celebrou o sucesso da ofensiva. "Desde as 8h30, o centro de Afrin está sob o controle das forças do Exército Sírio Livre, que são apoiadas pelos militares turcos", informou. "Nossas bandeiras estão hasteadas na cidade e conseguimos romper, por todos os lados, a corrente entre os terroristas", acrescentou. Em tom patriótico e anticurdo, como de costume, Erdogan disse que as tropas turcas e seus aliados sírios irão "destruir, etapa por etapa, os elos que ainda existirem [entre os milicianos curdos], para acabar com a brincadeira deles", afirmou Erdogan.

Perdas: 1.500 combatentes curdos mortos desde janeiro

Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, 1.500 combatentes curdos morreram desde janeiro. O cerco a Afrin e o avanço das forças pró-turcas resultaram nos últimos dias em um êxodo massivo de civis, suscitando o temor de uma nova tragédia humanitária em um país devastado por uma guerra que deixou mais de 350 mil mortos e milhões de refugiados desde 2011. Diante da iminência da entrada de tanques no centro da cidade, e 200.000 civis fugiram de Afrin desde quarta-feira (14).

Em outra frente de guerra, perto de Damasco, 10 mil civis deixaram ontem Guta Oriental, fugindo dos bombardeios do regime sírio e seu aliado russo.

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