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Mundo

Bombardeios em Guta Oriental matam mais 80 civis

Cerca de 80 civis morreram sexta-feira (16) durante os bombardeios nas áreas rebeldes sitiadas no leste de Guta Oriental, onde os residentes continuam a fugir da ofensiva devastadora do regime sírio e seu aliado russo para recuperar completamente a área.

Pelo menos 1.346 civis, incluindo 270 crianças, foram mortos em quase um mês de bombardeios.
Pelo menos 1.346 civis, incluindo 270 crianças, foram mortos em quase um mês de bombardeios. Abdulmonam Eassa/AFP
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Desde o início do combate, lançado em 18 de fevereiro, as forças do presidente sírio de Bashar al-Assad conquistaram 70% dessa fortaleza rebelde nos arredores de Damasco. Pelo menos 1.346 civis, incluindo 270 crianças, foram mortos e milhares feridos em quase um mês de bombardeios, de acordo com uma última avaliação do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Apesar das condenações e apelos a um cessar-fogo principalmente dos ocidentais, o regime, auxiliado por Moscou, continua seu funcionamento, num país devastado por sete anos por uma guerra que deixou mais de 350 mil mortos.

Em outra frente do conflito, cerca de 30 civis foram mortos em Afrine, em atentados contra o exército turco que está conduzindo uma ofensiva contra esse reduto curdo do noroeste da Síria.

 Atrocididades

Diante do progresso das tropas do governo, cerca de 2 mil civis fugiram das localidades ao sul do reduto, sem ter a opção de se juntar às áreas sob controle do regime, apesar do medo de represálias, de acordo com o Observatório.

Nessa quinta-feira (15), cerca de 20 mil habitantes saíram do Guta, de acordo com o OSDH. O embaixador sírio na ONU, Bachar al-Jaafari, afirmou que se tratava de 40 mil pessoas.

Na localidade de Adra, ao norte do reduto rebelde, cerca de 3 mil pessoas estão refugiadas em uma escola que se transformou em um abrigo. Alguns passaram a noite no pátio, dormindo no chão, de acordo com um correspondente da AFP no local.

Para retomar completamente a fortaleza rebelde, o regime fragmentou a região para isolar os territórios e enfraquecer os rebeldes.

As forças do regime retomaram nesta sexta-feira o controle total da localidade de Hamuriya, um dia após uma contra-ofensiva de rebeldes e jihadistas, de acordo com a OSDH.  

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