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Egito

Ex-presidente egípcio Hosni Mubarak é libertado após 6 anos de prisão

Depois de passar seis anos preso em um hospital militar, o ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, foi libertado nesta sexta-feira (24), na cidade do Cairo. O ex-ditador, de 88 anos, que governou o Egito com mão de ferro durante 30 anos, está em liberdade, apesar de ter sido condenado à prisão perpétua pela morte de 850 manifestantes durante a revolta popular que o derrubou do poder em 2011.

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, fotografado em 6 de outubro de 2016 na janela do hospital militar Meadi no Cairo.
O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, fotografado em 6 de outubro de 2016 na janela do hospital militar Meadi no Cairo. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany/File Photo
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A informação sobre a libertação de Hosni Mubarak, de 88 anos, foi confirmada por seu advogado, Farid al-Dib. "Sim, ele deixou o hospital", anunciou à imprensa.

No início do mês, a justiça egípcia já havia autorizado a libertação do ex-presidente, após uma última sentença que o absolveu da morte de centenas de manifestantes durante uma revolta popular que defendeu a abertura do país à democracia. Em 18 dias de movimento, em 2011, quase 850 pessoas morreram em confrontos com a polícia no país.

O ex-presidente chegou a ser condenado à prisão perpétua em 2012, mas um tribunal de apelação ordenou um novo julgamento dois anos depois, quando as acusações foram retiradas e a principal instância de apelação do país o absolveu em 2 de março.

Líderes da revolta continuam presos

Atualmente, vários dos líderes da revolta de 2011 estão na prisão, cumprindo longas penas. Várias ONGs de defesa dos direitos humanos afirmam que centenas estão desaparecidos. Elas também acusam o atual presidente Abdel al-Sissi e a justiça do país de enterrar simbolicamente a Primavera Árabe, ao oferecer um tratamento favorável a Mubarak e seus colaboradores.

Além do ex-ditador, seu ex-ministro do Interior, Habib al-Adly, que simboliza a tortura e os abusos do regime, também foi absolvido pela morte de manifestantes.

Segundo o advogado Adel Ramadan, que representa vários prisioneiros, a justiça tratou o caso de Mubarak "com humanidade", enquanto militantes da Primavera Árabe continuam presos ou foram libertados sob severo controle judicial. Apesar desse tratamento, ontem a justiça abriu uma nova investigação por corrupção contra Mubarak, por presentes no valor de US$ 1 milhão que ele e a família teriam recebido de um jornal pró-governo.

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