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“Não foi espetacular, mas tampouco decepcionou”, diz Greenpeace sobre COP 22

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O mundo vai na boa direção para cumprir os compromissos assumidos no Acordo Climático de Paris? Tudo indica que sim, apesar dos retrocessos que podem vir dos Estados Unidos, durante a presidência de Donald Trump.

Pedro Telles, responsável por Clima e Energia no Greenpeace Internacional
Pedro Telles, responsável por Clima e Energia no Greenpeace Internacional Greenpeace
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A 22ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 22), realizada nas últimas duas semanas em Marrakech, no Marrocos, cumpriu seu objetivo básico: construir o caminho para a implementação do acordo em 2020.

A avaliação é de Pedro Telles, responsável por Clima e Energia no Greenpeace Internacional. “Não foi uma COP espetacular, que superou as expectativas, mas tampouco uma COP que decepcionou”, disse Telles. Ele citou dois avanços importantes que aconteceram à margem do encontro. Um grupo de 47 países em desenvolvimento se comprometeu a chegar a 100% de energias renováveis o mais tardar em 2030 ou 2050.

Brasil foi elogiado por ambientalistas

Para o Brasil, o veto do presidente Michel Temer à possibilidade do setor de carvão receber incentivos de bilhões de reais foi recebido com grande alívio pelos ambientalistas que participaram da COP 22.

O Ministério do Meio Ambiente tinha dado parecer contrário ao projeto, que entrou “de contrabando” em uma Medida Provisória recentemente aprovada no Congresso Nacional.

Telles considera que os ministros José Sarney Filho, do Meio Ambiente, e Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tiveram um desempenho misto na conferência, com pontos positivos e negativos.

“Maggi ironizou assassinatos de ambientalistas e disse que a agricultura brasileira era a mais sustentável do mundo, quando todo mundo sabe que não é", criticou o ambientalista.

Desmatamento ilegal

Ele também qualificou de frágeis os compromissos apresentados pelo Brasil durante a reunião. “Eles apontam, basicamente, que vamos aceitar o desmatamento ilegal na Amazônia nos próximos 14 anos. Nossa transição energética é muito lenta. Daqui 10, 15 anos, vamos seguir nas mesmas proporções de energias renováveis. É muito pouco. O Brasil pode e deve fazer muito mais, principalmente no aproveitamento da energia solar”, destaca Telles.
 

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