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Rebeldes sírios retomam ofensiva em Aleppo horas antes do cessar-fogo

Os rebeldes sírios retomaram nesta quinta-feira (3) a ofensiva em Aleppo para romper o cerco do regime de Bashar al-Assad, na véspera de um novo cessar-fogo humanitário de dez horas determinado por Moscou.

Rebeldes sírios dentro de prédio na zona oeste de Aleppo nesta quinta-feira, 3 de novembro de 2016.
Rebeldes sírios dentro de prédio na zona oeste de Aleppo nesta quinta-feira, 3 de novembro de 2016. REUTERS/Ammar Abdullah
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Pelo menos 12 civis foram mortos e 200 ficaram feridos nesta quinta-feira por tiros e foguetes disparados pelos rebeldes nos bairros ocidentais de Aleppo, controlados pelo regime, segundo a agência oficial de notícias Sana. Intensos combates aconteceram também na periferia, perto de uma academia militar localizada nas proximidades do bairro pró-governo de Halab al-Jadida.

Após vários dias de calma, os combates foram retomados com força na zona oeste da segunda maior cidade da Síria. Grupos islamitas e extremistas lançaram em 28 de outubro deste ano uma ofensiva pelo oeste para tentar quebrar o cerco imposto pelas tropas do regime de Bashar al-Assad aos bairros controlados pela oposição na zona leste de Aleppo. Mais de 250 mil pessoas ainda vivem nestes bairros. Sitiados, não recebem ajuda humanitária desde julho e a comida já escasseia, segundo informou a ONU.

Carros-bomba e vítimas civis

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), três carros-bomba explodiram na região oeste de Aleppo nesta quinta-feira, no início da ofensiva dos grupos rebeldes que tentam um novo avanço. Nos últimos dias, os rebeldes conseguiram entrar nos setores vizinhos de Minian e Dahiet al-Assad.

"Há combates pesados e fogo de artilharia, e os ataques mais intensos ocorreram no bairro de Halab al-Jadida. Os combatentes lançaram seu ataque a partir de Minian e estão nas proximidades de Halab al-Jadida", explicou o OSDH, que registrou ainda a morte de quatro crianças entre os 12 civis abatidos durante o conflito nesta quinta-feira.

Desde 28 de outubro, os disparos rebeldes contra distritos ocidentais mataram 65 civis, incluindo 23 crianças, de acordo com a ONG. A televisão estatal acusou os rebeldes de espalhar "gás tóxico" no bairro de Minian. Governo e rebeldes querem controlar Aleppo, no norte da Síria, onde a guerra civil que começou em 2011 já deixou mais de 300 mil mortos.

O regime lançou em 22 de setembro de 2016 uma grande ofensiva para retomar a parte oriental da cidade, mas suas tropas não alcançaram o sucesso esperado, apesar do apoio da aviação russa e dos bombardeios que mataram mais de 500 pessoas, de acordo com a ONU, tendo destruído inúmeras infra-estruturas civis, como hospitais.

 

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