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Aleppo/Síria

ONG denuncia 'banho de sangue' em Aleppo após ofensiva do regime

O regime sírio avançou nesta sexta-feira (30) na cidade sitiada de Aleppo, uma campanha denunciada como um "banho de sangue" pela organização não governamental Médicos Sem Fronteiras.

Busca por sobreviventes em Aleppo (27/09/16).
Busca por sobreviventes em Aleppo (27/09/16). REUTERS/Abdalrhman Ismail
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O avanço do exército sírio coincidia com a degradação das relações entre Estados Unidos e Rússia, que apoiam respectivamente a oposição e o regime sírio. O conflito que devasta o país há cinco anos deixou mais de 300 mil mortos.

Washington ameaça interromper sua cooperação diplomática e Moscou segue determinada a continuar com sua campanha de bombardeios em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad.

Regime quer retomar a totalidade de Alepo

Mais de uma semana depois de ter anunciado uma grande ofensiva para reconquistar a parte rebelde, o exército sírio avançava nesta sexta-feira em duas frentes, no norte e no centro da metrópole, ganhando espaço em território rebelde. O regime tem o objetivo de conquistar a totalidade de Aleppo, dividida desde 2012 em um setor governamental (oeste) e bairros rebeldes (leste).

No norte, "depois de ter recuperado das mãos dos rebeldes o antigo acampamento de refugiados palestinos de Handarat, as forças do regime capturaram na manhã desta sexta-feira o antigo hospital Kindi" nas mãos dos insurgentes desde 2013, explicou Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

A tomada dessa posição chave pode permitir que o regime "avance a Hellok e Haydariyé", dois bairros rebeldes no nordeste da cidade, segundo o diretor do OSDH.

Mais de 40 crianças morreram desde início da ofensiva

Enquanto isso, no centro de Aleppo, eram travados duros combates entre os dois grupos em Suleiman al Halabi, bairro localizado na linha de demarcação, segundo o OSDH. O exército tenta tomar o controle da parte rebelde. Segundo a agência oficial Sana, 15 civis perderam a vida e 40 ficaram feridos pelos foguetes lançados pelos rebeldes contra a zona governamental.

Desde o início da ofensiva do exército em 22 de setembro, os bombardeios provocaram a morte de 216 pessoas, entre elas mais de 40 crianças, segundo o OSDH.

O presidente americano, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, condenaram na quinta-feira "os bárbaros bombardeios aéreos dos russos e do regime sírio contra o leste de Aleppo, uma zona onde vivem centenas de milhares de civis, a metade deles crianças".
 

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