Acessar o conteúdo principal
Síria

Violência na Síria: EUA e Alemanha podem adotar sanções contra Rússia

O Conselho de Segurança da ONU debate em caráter de urgência nesta sexta-feira (7) a situação humanitária nos bairros rebeldes de Aleppo, cercados pelas forças sírias e alvo de intensos bombardeios russos. O presidente americano, Barack Obama, considera a possibilidade de impor novas sanções contra Damasco e Moscou. O governo alemão não descarta a opção para, segundo Berlim, "dar uma chance à paz".

Cerca de 250 mil civis continuam morando na cidade de Aleppo, no norte da Síria.
Cerca de 250 mil civis continuam morando na cidade de Aleppo, no norte da Síria. REUTERS/Abdalrhman Ismail
Publicidade

Apoiado pelas forças russas, o regime sírio lançou há duas semanas uma poderosa ofensiva para tentar retomar os bairros rebeldes de Aleppo. Bombardeios de extrema violência devastam desde então a cidade, matando centenas de pessoas e destruindo até mesmo os poucos hospitais ou estruturas de atendimento às vítimas que restam.

Uma estratégia para tentar pausar as violências em Aleppo está sendo elaborada pelo Conselho de Segurança da ONU e será anunciada nesta sexta-feira. O emissário especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, não poupa críticas a Moscou que, segundo ele, "bombardeia sem discernimento áreas rebeldes da cidade onde moram mais de 250 mil civis".

A ONU pode decidir impor mais sanções a países ou pessoas implicados nas violências. A organização considerou Damasco responsável por dois ataques químicos na Síria em 2014 e 2015. Mas, caso Washington julgue ineficiente a decisão, já adiantou que pode realizar uma ação coordenada para encontrar uma saída ao problema junto a seus aliados europeus.

 

"Pensar em todas as opções"

O governo alemão expressou "sua compreensão" nesta sexta-feira sobre a possibilidade de sancionar a Rússia. "Compreendemos que é necessário pensar em todas as opções", declarou o porta-voz do governo, Steffen Beibert, em Berlim. "Mas, no final, o essencial é dar uma chance à paz na Síria", reiterou.

A chanceler alemã, Angela Merkel, fez um novo apelo nesta sexta-feira para que Moscou pressione o presidente sírio, Bashar al-Assad, a fim de que ele permita um cessar-fogo. "Tudo o que eu posso fazer é pedir para a Rússia, que tem muita influência sobre al-Assad, nos ajudar a colocar um fim a esse crime horrível o mais rápido possível", disse.

Já Elmar Brok, um dos principais representantes da CDU, partido de Merkel, no Parlamento europeu, é categórico sobre impor sanções econômicas aos russos, especialmente no setor da tecnologia. Segundo ele, isso frearia a capacidade de Moscou de continuar desenvolvendo armamentos.

Rússia impõe condições para um novo cessar-fogo

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, declarou que seu país está disposto a apoiar a proposta da ONU de um novo cessar-fogo nos bairros rebeldes de Aleppo. No entanto, impôs algumas condições, entre elas, um engajamento por escrito por parte da rebelião se comprometendo a "não colaborar mais com os terroristas".

Lavrov se refere especialmente a alguns grupos rebeldes que se aliaram a jihadistas da milícia Fatah al-Cham (ex-Al-Nosra) para lutar contra o regime sírio. O diplomata russo se diz pronto para pressionar Bashar Al-Assad sobre um acordo em que os combatentes entreguem suas armas e sejam retirados da cidade.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.