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Líbia/Grupo Estado Islâmico

Exército líbio assume controle de reduto do grupo Estado Islâmico

O exército líbio assumiu o controle do acesso marítimo para Sirte, um reduto do grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia, impedindo que os extremistas fujam por mar da ofensiva das forças do Governo de União Nacional (GNA), informou nesta quinta-feira (9) uma autoridade militar.

Forças pró-Líbia entram em Sirte, até então reduto do grupo Estado Islâmico.
Forças pró-Líbia entram em Sirte, até então reduto do grupo Estado Islâmico. Reuters
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Sirte, localizada a 450 km a leste de Tripoli, está cercada por todos os lados pelas forças do GNA. "Nossas forças controlam toda a costa de Sirte. Eles (os extremistas) não vão poder escapar por mar", disse à AFP o coronel Issa Rida, comandante das forças navais para a região central da Líbia.

Paralelamente, as deserções se multiplicam nas fileiras do grupo Estado Islâmico (EI), sobretudo as de jihadistas ocidentais, cujo retorno aos seus países de origem constitui um quebra-cabeças para as forças antiterroristas.

A organização fundamentalista, que perde terreno na Síria e no Iraque pelos incessantes ataques de dezenas de caça-bombardeiros, se esforça para impedir que milhares de voluntários estrangeiros que se uniram a ela em 2014 fujam das terras do califado autoproclamado.

Motivos para desertar são variados

Nem todos querem ir embora pelos mesmos motivos. Às vezes tomam sua decisão por medo de ataques aéreos, por decepção em relação ao que haviam imaginado, pela corrupção dos líderes locais, pelas ações violentas contra os muçulmanos sunitas ou simplesmente por tédio. Os dados são resultados de uma pesquisa do International Centre for the Study of Radicalisation (ICSR) do King's College de Londres, realizado a partir de uma amostra de 60 desertores.

"Percebem que a fase final começou, muitos começam a nos enviar mensagens para se informar sobre como retornar", declara à AFP o coordenador nacional da inteligência na França, Didier Le Bret. "Já não se trata da expansão do glorioso califado, e sabemos que alguns morrem quando tentam fugir".

Desde janeiro de 2014, antes da proclamação oficial da criação do califado, o ICSR criou uma base de dados com entrevistas realizadas com desertores do EI para tentar entender seus motivos.

 

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