Mundo não vencerá grupo EI enquanto Assad estiver no poder, disse Obama

O presidente norte-americano convocou uma reunião de cúpula antiterrorismo à margem da 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas para mobilizar a comunidade internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI). Para Barack Obama, a luta contra os jihadistas terá sucesso apenas após a queda do presidente sírio Bashar al-Assad.

Obama tenta mobilizar comunidade internacional na luta contra o grupo Estado Islâmico. REUTERS/Shannon Stapleton

Um ano após o lançamento da coalizão militar contra a ação dos jihadistas na Síria e no Iraque, o presidente norte-americano convocou uma reunião para mobilizar os aliados. Em alusão direta ao presidente sírio, Obama insistiu na necessidade de se atacar as condições “que permitiram o grupo Estado Islâmico criar suas raízes”. Segundo o chefe da Casa Branca, para vencer os terroristas, “a Síria precisa de outro dirigente”.

As declarações do líder norte-americano reiteram seu discurso da véspera, quando chamou o presidente sírio de assassino, mas divergem da posição da Rússia, que defende a criação de uma coalizão, com contaria com a participação de Damasco e Teerã, para combater o EI. Moscou não enviou nenhum representante para a cúpula antiterrorismo em Nova York. 

"Esta iniciativa sabota seriamente os esforços da ONU", declarou o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, ao ser questionado sobre a reunião organizada por Obama. O Irã, outro aliado tradicional da Síria, também não participou do encontro.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry tentou apaziguar a situação e disse, durante o dia, que a Rússia e o Irã poderiam contribuir para convencer o presidente sírio a parar de “jogar bombas” em seu próprio povo.