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Tailândia

Após golpe, brasileiros tentam manter rotina normal na Tailândia

O golpe de Estado realizado pela junta militar na Tailândia nesta quinta-feira (22) deixou as autoridades diplomáticas brasileiras em alerta. Mas os brasileiros residentes no país tentam, apesar das circunstâncias, manter um ritmo de vida normal. Prova disso: o Carnaval da comunidade brasileira, previsto para amanhã, vai ser mantido.

Militares nas ruas da Tailândia após golpe de Estado.
Militares nas ruas da Tailândia após golpe de Estado. REUTERS/Damir Sagolj
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Desde o começo da semana, uma lei marcial está em vigor na Tailândia. A mídia está censurada, os protestos proibidos e um toque de recolher foi imposto. A intervenção militar ocorreu após sete meses de um crise política que opõe partidários do governo e opositores.

Morando em Bangcoc, Kláudia Faraco, membro da ABT (Associação de Brasileiros na Tailândia), explica o cotidiano após o golpe. “A cidade está normal. Hoje, meus filhos não tiveram aula e todas as escolas tiveram as aulas suspensas. Mas, a princípio, a vida segue normalmente. Os supermercados estão abertos, se encontra de tudo e os meios de transporte estão funcionando.”

A mudança no cotidiano da capital tailandesa é visível à noite, quando um toque de recolher impede a circulação nas ruas após às 22h. “Na noite passada, a grande diferença foi o silêncio. A partir de 10 da noite, parecia que estávamos em uma fazenda. Nenhum movimento. Tudo muito quieto”, relatou a brasileira.

Apesar da calma aparente, em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil aconselha cautela. “A embaixada recomenda aos turistas e cidadãos brasileiros residentes na Tailândia evitar a proximidade de áreas em que haja protestos, aglomerações, passeatas, operações das forças de segurança ou presença militar ostensiva em Bangcoc e no restante da Tailândia.”

As autoridades diplomáticas brasileiras também detalham os princípios da lei marcial. “A Lei concede amplos poderes às autoridades militares, tais como a imposição de toque de recolher; detenção de suspeitos, sem a necessidade de mandado de prisão; proibição de reuniões públicas, manifestações, transporte de material e deslocamento de pessoas.”

Carnaval mantido

01:08

Entrevista Klaudia Faraco

Neste sábado, a Associação de Brasileiros na Tailândia, que é presidida por Naira Martorelli, organiza um baile de Carnaval em Bangcoc. A realização do evento, que conta com uma lista de convidados de quase 500 pessoas, porém, está em suspenso. Segundo Kláudia Faraco, da associação, a embaixada brasileira e autoridades locais devem dar, até o final do dia, um parecer sobre a viabilidade da festa. Ela está otimista. “A princípio, precisaremos apenas alterar o horário para respeitar o toque de recolher”, ponderou.

O Carnaval brasileiro na Tailândia, que acontece uma vez por ano, é também um evento de caridade. Segundo a ABT, cerca de 80% dos convidados são estrangeiros e contribuem para um programa de educação de jovens. "Infelizmente, a Tailândia tem muita prostituição. Esse programa é uma oportunidade para oferecer uma alternativa para essas meninas", diz a integrante da ABT.

 

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