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Estados Unidos/Golpe no Egito

EUA pedem moderação e descartam cortar ajuda a exército egípcio

Os Estados Unidos pediram o "máximo de moderação" ao exército egípcio, logo depois que mais de 50 partidários do presidente deposto Mohamed Mursi morreram e 435 ficaram feridos em confrontos com as forças de ordem durante um protesto no Cairo. Washington também descartou cortar a ajuda financeira que fornece às forças armadas do Egito.

Manifestante pró-Mursi exibe cápsulas das balas que teriam sido disparadas pelo exército egípcio
Manifestante pró-Mursi exibe cápsulas das balas que teriam sido disparadas pelo exército egípcio REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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"São a estabilidade e o funcionamento democrático do país que estão em jogo", analisou a porta-voz do departamento de Estado americano, Jennifer Psaki, ao pedir parcimônia ao exército. Ela garantiu que os Estados Unidos condenam "firmemente" toda violência ou incitação à violência no país e pediu que a Irmandade Muçulmana se engaje no processo de formação de um governo estável.

Ao mesmo tempo, o porta-voz da Casa Branca Jay Carney condenou o que chamou de "apelo explícito à violência" por parte da Irmandade Muçulmana. Ele se referia ao comunicado emitido pelo Partido da Liberdade e da Justiça, braço político da Irmandade, que conclamava "o levante do grande povo do Egito contra estes que tentam lhe roubar a revolução com tanques de guerra".

Carney também frisou que não interessa dos Estados Unidos cortar de imediato a ajuda ao exército egípcio, já que Washington ainda não determinou se o que aconteceu semana passada no país foi ou não um golpe militar. Desde 1979, o Egito é o maior beneficiário da ajuda financeira de Washington, depois de Israel.

A cifra pode chegar a US$ 68 bilhões, de acordo com o Serviço de Pesquisa do Congresso (CRS, na sigla em inglês) - uma contribuição que cobriria cerca de 80% dos gastos com equipamento e quase dois terços do orçamento total das forças armadas.

Repercussão internacional
A escalada de violência preocupa autoridades internacionais. A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton pediu às duas partes que cessem as provocações "pelo bem do país". A Alemanha e a França seguiram a mesma linha. Qatar e Turquia, além do movimento Hamas, que controla a faixa de Gaza, condenaram o massacre. O Irã chamou de "inaceitável e inquietante" a intervenção das forças armadas na política egípcia. No Iêmen, milhares foram às ruas em "solidariedade" ao presidente deposto.

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