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Egito/protestos

Partido salafista se retira de coalizão no Egito e condena violência que deixou 42 mortos

Mais de 42 manifestantes partidários de Mursi morreram e 300 ficaram feridos nesta segunda-feira no Cairo, em frente ao quartel da Guarda Republicana. A Irmandade Muçulmana denuncia um massacre, e afirma que as vítimas estavam rezando quando militares e soldados abriram fogo, mas as circunstâncias ainda não foram totalmente explicadas.

Manifestantes pró-Mursi enfrentam militares em frente ao quartel da Guarda Republicana no Egito
Manifestantes pró-Mursi enfrentam militares em frente ao quartel da Guarda Republicana no Egito REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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O principal partido salafista, al-Nour, que apoiou a queda de Mursi ao lado da coalizão predominantemente laica, também denunciou a violência, e anunciou que se retiraria das discussões que devem definir um novo primeiro-ministro, e um governo de transição. Apesar do anúncio precipitado da nomeação do ex-prêmio nobel da Paz Mohammed El Baradei, a situação política se complica com a saída do al Nour.

Desde a destituição e a prisão de Mursi na quarta-feira passada pelas forças armadas, a tensão não para de crescer no país entre seus partidários e opositores. Nesta segunda-feira, diante do quartel da Guarda Republicana, os confrontos culminaram na morte de mais de 40 pessoas, mas ainda não se sabe o que exatamente desencadeou a violência. O presidente interino Adly Mansour ordenou a abertura de uma investigação.

Os manifestantes pró-Mursi foram alvo de tiros de bombas de gás lacrimogêneo, mas testemunhas contam que as forças de segurança atiraram para o alto e que os disparos que atingiram os partidários do ex-presidente foram dados por civis. De acordo com as Forças Armadas, a sede da Guarda Republicana foi atacada por "terroristas", provocando a morte de um oficial, segundo um comunicado.

Neste momento, helicópteros onde ocorreu o massacre estão sobrevoando o local, que foi bloqueado com barreiras pelos militares. O ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, também condenou a violência. Em sua conta no Twitter, Mohamed ElBaradei pediu uma investigação independente.
 

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