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Egito/Crise política

Egípcios se preparam para manifestar hoje e governo interino se articula

Ao lado das negociações políticas para a nomeação do novo primeiro-ministro do governo interino do país, manifestações em massa se preparam neste domingo, principalmente na capital Cairo. Os grupos anti e pró-Mursi continuam inflexíveis em suas posições, os primeiros apoiando a sua queda, os outros exigindo o seu retorno. O exército colocou  tropas nas ruas para tentar controlar a violência. Nos últimos dias, 37 pessoas morreram e cerca de mil ficaram feridas nos choques entre os dois campos rivais.

Manifestantes contra o presidente deposto Mohamed Mursi preparam-se para  sair às ruas neste domingo, 7 de julho de 2013.
Manifestantes contra o presidente deposto Mohamed Mursi preparam-se para sair às ruas neste domingo, 7 de julho de 2013. Reuters/Amr Abdallah Dalsh
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Foi o movimento Tamarrod (rebelião, em árabe) que convocou para hoje uma nova mobilização contra Mohamed Mursi, o presidente destituído pelos militares na última quarta-feira, 3 de julho. Como sempre, o local escolhido foi a praça Tahrir, onde centenas e centenas de manifestantes estão acampados e aguardam a chegada de mais partidários.

No campo oposto, a Irmandade Muçulmana, alvo de uma campanha de repressão por parte do governo interino, também fez um apelo "para um gigantesco protesto de milhões de pessoas contra o Estado policial instaurado depois do golpe", como indica o comunicado. Os islamitas prometeram permanecer nas ruas até a volta de Mohamed Mursi ao poder, alegando que foi "o primeiro presidente eleito democraticamente no país".

Articulações políticas e divisões

Este domingo também deve ser marcado por avanços nas negociações para a nomeação de um primeiro-ministro de transição. Forte candidato ao cargo, o nome do líder da oposição, Mohamed El-Baradei, chegou a ser anunciado no sábado como o do novo premiê, antes da notícia ser desmentida.

O conselheiro do presidente interino Adly Mansour afirmou que "El-Baradei é a escolha mais lógica". No entanto, para esta escolha se concretizar, vai ser preciso ultrapassar as objeções dos islamitas: o partido Masr al-Qawiya do ex-membro da Irmandade Muçulmana, Abdel Moneim Aboul Foutouh, e principalmente o partido salafista al-Nour, não aprovam a escolha de El-Baradei. Negociações estão em curso para tentar convencê-los a apoiar a indicação do Prêmio Nobel da Paz de 2005.

Os Estados Unidos já anunciaram que não apoiam nenhum partido em particular.

Fora das grades

Hoje foram liberdados 12 militantes políticos, detidos por suas críticas ferozes ao ex-presidente Mursi. Entre eles, estão os famosos blogueiros Ahmed Douma, Alaa Abdelfattah e Nawara Nagm.

 

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