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Rússia/Síria

Rússia acusa ocidentais de chantagem nas negociações sobre a Síria

A Rússia acusou hoje os países ocidentais de fazerem "chantagem" para forçar Moscou a aceitar as sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o regime do ditador sírio, Bashar al-Assad. O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse que os ocidentais ameaçam não prolongar o mandato da missão de observadores da ONU, que expira no dia 20 de julho, caso a Rússia não aceite as sanções.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, em Moscou.
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, em Moscou. REUTERS/Denis Sinyakov
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 "Consideramos que é uma abordagem absolutamente contraprodutiva e perigosa, pois é inaceitável utilizar os observadores como uma moeda de troca", acrescentou Lavrov. O ministro russo disse ainda que não é "realista" achar que a Rússia pode convencer o presidente Assad a deixar o poder. "Ele não vai partir, não por que nós o apoiamos, mas simplesmente porque uma parte significativa da população síria o apoia", disse o chanceler russo.

O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, chega hoje a Moscou, onde se reúne à noite com Lavrov e amanhã com o presidente Vladimir Putin. O Kremlin parte do príncipio de que o plano Annan é a única plataforma viável para resolver os problemas internos da Síria.

Americanos e europeus apresentaram na semana passada um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU com sanções econômicas contra o regime sírio, caso o Exército não cesse os ataques com armas pesadas contra os opositores. A Rússia, que já vetou dois textos semelhantes contra Assad, apresentou um texto rival que prolonga por três meses o mandato da missão de observadores da ONU, sem incluir sanções contra o governo sírio.

Combates de violência inédita em Damasco

Enquanto isso, o Exército sírio continua bombardeando o bairro de al-Tadamone, em Damasco, segundo militantes rebeldes ouvidos pela agência France Presse nesta segunda-feira. Além disso, combates violentos entre o Exército regular e o Exército Sirio Livre, formado em sua maioria por desertores, estão acontecendo nas ruas dos bairros de Kafar Soussé e Jobar.

Ontem, os combates entre soldados e rebeldes chegaram a uma intensidade inédita na capital desde o início do conflito. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a violência fez mais de 100 mortos em todo o país neste domingo.

Marrocos expulsa embaixador da Síria

O ministério marroquino das Relações Exteriores divulgou um comunicado hoje pedindo para o embaixador da Síria, no país, Nabih Ismaïl, deixar o território. O diplomata sírio foi declarado "persona non grata". A nota oficial afirma que as autoridades marroquinas acompanham com grande preocupação a violência do regime contra a população síria, que já causou a morte de mais de 20 mil pessoas, segundo o comunicado.

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