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Síria/UE

União Europeia vai reforçar sanções contra a Síria

União Europeia vai endurecer as sanções contra o regime sírio, disse neste domingo o chanceler francês Alain Juppé, em reação ao veto da China e da Rússia no Conselho de Segurança da ONU. Os dois países votaram contra uma resolução condenando o regime de Bachar al-Assad. Juppé disse que a "pressão vai aumentar."

O chanceler Alain Juppé durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU
O chanceler Alain Juppé durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU Foto: REUTERS/Mike Segar
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De acordo com o chanceler francês Alain Juppé, a Europa vai ajudar a oposição síria a se organizar para enfrentar o regime. "Vamos aumentar a pressão internacional. Vai chegar a hora em que o regime sírio será obrigado a constatar que está totalmente isolado e não pode continuar", declarou o ministro ao canal de TV BFMTV. Segundo ele, o veto imposto pela China e a Rússia é uma ‘falta moral.’

A secretária de estado americana Hillary Clinton já havia declarado mais cedo que a oposição dos chineses e russos à resolução contra a Síria era uma "farsa" O documento apoia o plano da Liga Árabe, que propõe a saída de Bachar al-Assad, a formação de um governo de união nacional e a realização de eleições. Os Estados Unidos também defendem um reforço das sanções, para impossibilitar o financiamento da repressão.

“Não vamos ficar de braços cruzados", disse Juppé, em alusão à criação de um grupo de amigos do povo sírio, proposto pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. O chanceler explicou que o chefe de estado francês tentaria reunir representantes de todos os países que consideram a situação intolerável.

O grupo poderia ser formado pelos 13 países do Conselho de Segurança da ONU que votaram favoravelmente à resolução, e daria o apoio necessário para a execução do plano da Liga Árabe. Outras nações poderiam participar da iniciativa. Nesta segunda-feira, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, chega ao Brasil e deverá discutir a questão da Síria com o governo. O Brasil se absteve em outubro na última tentativa de adoção de um texto condenando o regime sírio.

O chanceler francês também não descartou a sugestão da Tunísia, que propõe que todos os países expulsem os embaixadores sírios para protestar contra a repressão no país. Ele chamou a atenção, entretanto, para as consequências da decisão. Segundo ele, a embaixada francesa no país exerce um papel humanitário, e tal medida resultaria na expulsão no diplomata francês em Damasco.

Violência cresce no país

Analistas estimam que o veto na ONU vai encorajar a repressão na Síria. Só neste final de semana, a violência no país teria deixado mais de 300 mortos. Pelo menos 200 civis morreram no sábado, em um bombardeio em Homs, e outras 56 pessoas foram vítimas de ataques neste domingo, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos. No total, pelo menos 6 mil pessoas morreram na Síria desde o início do movimento de contestação, em março de 2011.
 

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