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Iêmen/ protestos

Presidente do Iêmen volta ao país após recuperar-se de atentado

O presidente do Iêmen, Ali Abdallah Saleh, retornou hoje à capital, Sanaa, depois de ter se ausentado do poder por três meses para se curar dos ferimentos provocados por atentado, causado por manifestantes contra o regime. O presidente, que tratou-se na vizinha Arábia Saudita, pediu uma trégua nos combates na capital para facilitar uma solução negociada do conflito.

Manifestantes protestam contra o retorno de Saleh ao Iêmen.
Manifestantes protestam contra o retorno de Saleh ao Iêmen. Reuters
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"O presidente pede a todas as partes políticas e militares um cessar-fogo", indicou a agência oficial Saba. Segundo o chefe de Estado, "não há mais solução que o diálogo e as negociações para pôr fim ao derramamento de sangue e chegar a uma solução".

De acordo com a agência, o presidente pronunciará "um importante discurso ao povo por ocasião do 49º aniversários da revolução de 26 de setembro de 1962". Esse discurso poderá acontecer no domingo, vésperas do aniversário, que comemora o golpe de Estado que expulsou se Sanaa o último imã e instaurou uma República.

Saleh, contra quem são realizadas manifestações desde janeiro, foi hospitalizado em 4 de junho, em Riad, depois de ser ferido na véspera em um ataque contra o palácio presidencial. O presidente regressa num momento em que violentos combates são travados com opositores e partidários do regime na capital, oito meses depois de iniciar um forte movimento de protestos para reclamar sua saída do poder.

O presidente está no poder há 33 anos e chegou ao aeroporto da capital às 5h local, e quando a notícia foi dada pela televisão local, foram ouvidos disparos de alegria nos bairros do sul da capital, controlados pelas brigadas do exército leais ao presidente. Ao mesmo tempo, as forças pró-Saleh lançaram obuses contra o bairro de Al Hasaba (norte). Confrontos também ocorriam em outros bairros da capital, depois que atos de violência noturnos causaram a morte de seis pessoas.

No total, 16 pessoas morreram na quinta-feira, em Sanaa, e 101 desde o reinício da violência no domingo. Esses atos de violência acontecem horas antes de manifestações previstas para esta sexta de partidários e adversários de Saleh, que se nega a assinar um plano de saída para crise elaborado pelas monarquias do Golfo, apesar das pressões internacionais.
 

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