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Líbia/Conflito

Fracassam as negociações para a rendição da cidade líbia Bani Walid

Com a falta de um acordo entre os rebeldes e as forças pró-Kadafi para uma rendição pacífica em Bani Walid, cidade considerada uma fortaleza para os aliados do regime, a opção de uma ofensiva militar começa a ganhar força nesta segunda-feira. A China negou ter negociado a venda de armas ao ditador. Os chefes tribais, que atuaram como mediadores durante vários dias, disseram que as discussões não avançaram diante da recusa dos grupos leais ao ditador Muammar Kadafi de se desarmarem.

Rebeldes líbios se preparam para entrar na cidade de Bani Walid.
Rebeldes líbios se preparam para entrar na cidade de Bani Walid. REUTERS/Zohra Bensemra
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"Eles (pró-Kadafi) queriam que os revolucionários entrassem em Bani Walid sem suas armas sob pretexto de negociarem, mas na verdade era para matá-los. Não aceitamos. Agora deixo para nosso comandante militar a solução do problema", disse a jornalistas o chefe das negociações do lado dos rebeldes, Abdallah Kenchil.

O Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político dos rebeldes, fixou o prazo para as forças pró-regime se renderam em todo o país até o próximo domingo, mas, segundo responsáveis locais, em Bani Walid, o ultimato vence um dia antes, no sábado.

A cidade no deserto ficou em evidência no mês passado, quando foram disseminados rumores de que dois dos filhos de Kadafi teriam viajado por Bani Walid depois de fugirem da capital Trípoli. Segundo alguns relatos, alguns membros da família do ex-líder ainda estariam na cidade.

Em Sirte, terra natal de Kadafi, a situação durante o final de semana foi mais calma, com uma trégua nos combates. As buscas pelo ex-ditador continuam na região.

Aos poucos, o CNT começa a instalar seu governo em Trípoli. Neste domingo, o ministro da Defesa do Conselho Nacional de Transição desembarcou na capital com uma importante comitiva. Os policias voltaram a patrulhar as ruas da cidade e os bancos e lojas começam a reabrir. Os rebeldes afirmam que, nos próximos dias, o abastecimento de água voltará ao normal.

China teria proposto venda de armas a Kadafi, segundo jornal canadense

Nesta segunda-feira, o governo chinês negou ter fornecido armas às forças leais ao ditador na Líbia, de maneira direta ou indireta. O porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Jiang Yu, confirmou, no entanto, que um representante de Kadafi foi ao país em julho passado e entrou em contato com empresas de armamento, mas nenhum contrato teria sido assinado.

No domingo, o jornal canadense The Globe and Mail publicou uma reportagem afirmando que a China havia proposto a Kadafi o fornecimento de armas e munições, que passariam pela Argélia e pela África do Sul. O jornal diz que teve acesso a documentos secretos e acrescenta que a venda por um montante de 200 milhões de dólares não se concretizou.

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