Rebeldes líbios anunciam eleições em 20 meses
O Conselho Nacional de Transição (CNT), órgão político dos rebeldes líbios, garantiu que em 8 meses a Líbia vai ter uma assembleia constituinte e dentro de 20 meses haverá eleições legislativas e presidenciais no país. O anúncio foi feito pelo representante do CNT no Reino Unido, Guma al-Gamaty, em entrevista à televisão pública britânica.
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O calendário proposto pelos rebeldes foi anunciado um dia depois de a comunidade internacional confirmar seu apoio à reconstrução da Líbia em uma conferência realizada em Paris. Para construir uma nova Líbia pós-Kadafi, lideranças de 63 países e organizações internacionais concordaram ontem em liberar imediatamente 15 bilhões de dólares para o CNT.
Os líderes também decidiram manter as operações militares da Otan para proteger a população civil porque ainda consideram o ditador Muammar Kafafi uma ameaça. Nesta sexta-feira, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, discute com o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, as próximas etapas da intervenção militar.
O paradeiro de Kadafi segue desconhecido e o ditador não dá sinais de que pretende se render. Em duas mensagens de áudio, divulgadas ontem pela rede síria Arrai, ele disse que vai lançar uma guerrilha contra os rebeldes e não vai se entregar. Os rebeldes prorrogaram por mais uma semana o ultimato para os aliados de Kadafi se renderem. Agora eles têm até o dia 10 de setembro para entregar suas armas.
França nega acordo sobre petróleo líbio
A França, por meio do Ministério das Relações Exteriores, desmentiu mais uma vez a existência de um acordo com o CNT para a exploração do petróleo líbio. Uma reportagem publicada ontem no jornal Libération reproduziu uma carta datada de 3 de abril, assinada pela Frente Popular para a Liberação da Líbia e encaminhada ao Emirado do Catar, com cópia para o secretário-geral da Liga Árabe, mencionando um acordo para atribuir 35% do petróleo líbio aos franceses em troca de um apoio total e permanente ao Conselho Nacional de Transição.
Segundo o porta-voz do ministério, Bernard Valero, as alegações são sem fundamento. O CNT também desmentiu a existência de um acordo com o governo francês.
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