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Líbia

Forças da Otan na Líbia teriam atacado civis por engano

Pelo menos 9 rebeldes e 4 civis morreram neste sábado na Líbia vítimas de um provável bombardeio equivocado das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Aliança Atlântica anunciou que vai investigar o caso.

Rebeldes manfiestaem em Benghazi para que a comunidade internacional continue a apoiar o movimento de oposição ao general Muammar Kadafi.
Rebeldes manfiestaem em Benghazi para que a comunidade internacional continue a apoiar o movimento de oposição ao general Muammar Kadafi. REUTERS/Youssef Boudlal
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Segundo um responsável da cidade de Ajdabiya, aviões das forças da Otan, que comanda as operações na Líbia para a proteção de civis, abriu fogo contra uma carreata de cerca de 6 veículos, entre eles uma ambulância, depois que um opositor ao general Muamar Kadafi atirou para cima.

De acordo com as autoridades locais, o rebelde teria atirado para demonstrar alegria, mas as forças da Otan entenderam que ele atacava os aviões da coalizão. Ao todo, 9 opositores de Kadafi, o motorista da ambulância e três estudantes de medicina morreram no ataque.

Um porta-voz dos rebeldes em Benghazi, Mustapha Gheriani, declarou à imprensa que não tinha informações sobre a origem do ataque, mas afirmou que “efeitos colaterais são possíveis" e disse que está disposto a aceitá-los.

Investigação

Ontem, um porta-voz do governo líbio, Ibrahim Moussa, acusou a coalização internacional de cometer crimes contra a humanidade e sustentou que houve vítimas civis em outro ataque aéreo ocorrido na quarta-feira no vilarejo de Zawia el Argobe, a 15 quilômetros da cidade de Brega, em uma área tomada por rebeldes. O ataque atingiu um caminhão que levava munição, mas a explosão resultante teria atingido duas casas próximas.

A cidade de Brega é palco, nos últimos 3 dias, de violentos combates entre as forças fiéis à Kadafi e rebeldes. Depois de terem recuado no início da semana, os rebeldes ganharam força e afirmaram, neste sábado, que controlam o região petrolífera de Brega. 

Em Paris, o ministro francês das Relações Exteriores, Alain Jupé, deu a entender, também neste sábado, que as operações militares no país não devem durar muito tempo. Segundo ele, “o poderio militar de Kadafi pode aguentar dias e semanas, mas “certamenente não meses”.

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