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Reportagem

Redes sociais se tornaram palanque indispensável para candidatos, diz consultor

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A campanha eleitoral de Barack Obama, em 2008, foi a grande vitrine para a utilização das redes sociais como ferramenta de conquista de eleitores. Seis anos depois, os candidatos brasileiros também se esforçam para seguirem os passos do presidente norte-americano e investem cada vez mais no palanque virtual.

Urna eletrônica em seção eleitoral no Brasil.
Urna eletrônica em seção eleitoral no Brasil. Agência Brasil
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Frases edificantes, selfies com eleitores, clipes musicais. Para os candidatos, as redes sociais são uma plataforma indispensável para transformar “likes” em votos. Se, em 2010, a ferramenta foi usada mais timidamente pelos políticos, em 2014, houve um “crescimento exponencial” entre os candidatos, segundo Fábio Marques Santos, gerente de Marketing da consultoria Scup.

“2010 foi um ano que, por mais que já existissem essas referências do Obama, o assunto ainda estava muito cru no Brasil. Todos ainda estavam tentando entender o que seria isso. Mas as eleições desse ano mostram que as redes sociais têm ganhado uma importância muito grande. Nas próximas eleições, daqui a quatro anos, acho que isso vai ser mandatório e impossível deixá-las de lado”, afirmou.

A Scup desenvolve uma das plataforma de monitoramento de redes sociais mais importantes do Brasil. Neste ano eleitoral, a consultoria compila dados das menções aos candidatos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no Google + em tempo real. Segundo essas informações, o candidato à presidência pelo PSBD, Aécio Neves, lidera o volume de menções no twitter. Até a tarde desta sexta-feira (19), ele acumulava 964.401 menções. Já Dilma Rousseff, do PT, aparece com mais menções no Facebook (743.960) e Marina Silva, do PSB, tem 392.521 menções no twitter.

Santos afirma que são feitas análises apenas “quantitativas e não qualitativas” dessa amostra. Ou seja, não é analisado se os comentários sobre os candidatos são positivos ou negativos. Mas eles servem como um termômetro do interesse dos internautas e das tendências de comportamento nas redes, o que pode representar uma vantagem para candidato que souber utilizar melhor essas informações.

“Se o candidato identificou quais são seus principais influenciadores ou detratores, ele pode planejar ações justamente para combater isso e até reverter essa visão e ter um controle da sua imagem nas redes”, avaliou o gerente de Marketing da Scup.

Horário político alternativo

Se, no mundo real, é possível desligar a televisão para escapar da propaganda eleitoral, nas redes, os usuários são expostos constantemente aos candidatos. Seja por meio de comentários espontâneos seja por meio da interação que é feita sob medida para atingir os eleitores nos horários em que eles estão mais presentes.

“Os horários pré-almoço, das 11h às 12h, e pré-saída do trabalho, das 16h às 17h, são os momentos em que os usuários mais entram na maior rede social do mundo [Facebook]”, revela um estudo da empresa.

Uma observação das páginas dos candidatos revela, porém, que eles preferem manter um perfil mais conservador nessa interação com o público. As redes são usadas para mostrar o apoio de personalidades às candidaturas, para divulgar a agenda e mostrar dados positivos das pesquisas. Uma das exceções é o candidato do PV, Eduardo Jorge, que é bastante reativo e, com frequência, responde pessoalmente de forma rápida às menções na internet.

 

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