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Atentado/Bélgica/França

Suspeito de ataque a Museu Judaico recusa extradição à Bélgica

Mehdi Nemmouche, principal suspeito do assassinato de três pessoas e de ter ferido uma quarta gravemente no Museu Judaico de Bruxelas, se recusou a ser extraditado para a Bélgica ao receber nesta quarta-feira (4) à tarde o mandado de prisão europeu emitido pela justiça belga. Com isso, seu processo de extradição pode ser prolongado por algumas semanas. Seu advogado, Apolin Pepiezep, afirmou que Nemmouche quer ser julgado na França, "primeiro porque ele é francês e porque ele está na França."

Mehdi Nemmouche recusou extradição.
Mehdi Nemmouche recusou extradição. Reprodução / France 24
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Preso na sexta-feira (30) em Marselha, no sul da França, Mehdi Nemmouche permaneceu em silêncio durante sua custódia. Ele é acusado de ter atirado dentro do Museu Judaico de Bruxelas, no último dia 24 de maio, matando três pessoas e deixando uma quarta em estado crítico. O suspeito foi identificado no mesmo dia pela polícia ao chegar na estação de ônibus de Marselha-Saint-Charles a bordo de um ônibus vindo de Bruxelas.

Excepcionalmente, sua custódia foi prolongada terça-feira (3), passando dos quatro dias habituais, como prevê a legislação em caso de terrorismo. Tal prolongamento é normalmente decidido em caso de suspeita de atentado ou se uma cooperação judicial internacional é necessária, como é o caso de Nemmouche.

Espera por provas

As investigações devem continuar na Bélgica, com a provável confirmação da perícia sobre as armas encontradas em suas bagagens. O jovem de 29 anos tinha um revólver, uma kalachnikov, uma câmera portátil tipo GoPro e munição, compatíveis com as armas utilizadas no ataque em Bruxelas.

O governo belga também deve investigar a rede de extremistas que levou Nemmouche a combater na Síria em 2012. Segundo uma fonte jurídica, o tribunal de Versalhes, nos arredores de Paris, examinará quinta-feira (5) às 11 horas o pedido de extradição da Bélgica e dará logo em seguida sua decisão. Por outro lado, seu advogado não exclui entrar com um recurso caso o tribunal confirme a extradição de seu cliente para a Bélgica.
 

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