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Radar econômico

Em recessão, Grécia assume presidência temporária da UE

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A chegada de 2014 marca também o início da presidência temporária grega da União Europeia. Depois do primeiro plano de resgate financeiro aplicado em 2010 e de todos os sacrifícios infringidos à população com a adoção de drásticas medidas de austeridade impostas por seus credores formados pela União Europeia (UE), pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE) nada ou muito pouco parece ter melhorado para a economia do país.  

O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
O primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso. REUTERS/Yves Herman
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Até 2012, a Grécia recebeu 380 bilhões de euros para sair da crise. Apenas em 2013, o FMI, transferiu outros 3,2 bilhões de euros. Mesmo com a entrada de capital para tentar remediar o rombo nas contas públicas, o economista grego Elias Soukiazis, professor da Universidade de Coimbra, em Portugal, é pessimista quanto a situação atual. Em entrevista à RFI, ele explica quais os quatro principais pontos que a Grécia vai tentar defender durante sua presidência e como esta nova posição pode ou não beneficiar o país.

Esta semana, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, garantiu que os europeus não vão abandonar a Grécia, deixando a porta aberta para novos planos de ajuda financeira. Ele qualificou a presidência grega da UE como uma grande sorte para o país. Já o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, anunciou em seus votos de final de ano retransmitido pelos canais de televisão do país que a Grécia não vai mais precisar da ajuda da UE e do FMI.

Em recessão profunda, a Grécia vai tentar fazer com que essa presidência não seja uma despesa a mais e se comprometeu a gastar menos de 50 milhões de euros, contra até 80 milhões gastos por outros países em presidências anteriores. Todas as reuniões devem acontecer em Atenas para evitar gastos com transporte. Diante das eleições para o Parlamento Europeu previstas para o final de maio, a Grécia terá quatro e não os seis meses habituais para tirar partido dessa liderança.

 

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