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Reportagem

Papa Francisco anuncia canonização de dois antecessores

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O papa Francisco anunciou nesta segunda-feira, a canonização de dois papas anteriores: o João XXIII e João Paulo II. O evento duplo vai acontecer no dia 27 de abril de 2014, em Roma. O italiano Ângelo Giuseppe Roncalli foi sumo pontífice entre 1958 e 1963. Já Karol Wojtyla, o primeiro papa polonês, foi o chefe da igreja católica de 1978 a 2005.

O papa Francisco desbloqueou canonização de Oscar Romero, arcebispo salvadorenho assassinado em 1980.
O papa Francisco desbloqueou canonização de Oscar Romero, arcebispo salvadorenho assassinado em 1980. ©Reuters
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A data para a dupla canonização estava prevista a princípio para 8 de dezembro. Mas preocupações com a segurança de fiéis poloneses, que pudessem se descolocar em ônibus por estradas cobertas de gelo, provocou um adiamento para a primavera europeia. Os poloneses queriam inclusive um evento de canonização só para Wojtyla, mas aparentemente o papa quis evitar um culto desmedido da personalidade para João Paulo II.

João XXIII é lembrado por ter lançado o grande Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), com o objetivo de abrir a Igreja ao mundo. Ele conservou a imagem de ser um pastor próximo do povo, um pouco como o atual papa.

Já o ultra conservador João Paulo II deixa a imagem de um pontífice ativo e viajante. Com a dupla canonização, Francisco mantém um equilíbrio entre duas personalidades diferentes.

Em entrevista à RFI, o padre Valeriano Costa, diretor da Faculdade de Teologia da PUC-SP, explica as três fases do processo de canonização, em que o candidato ou candidata passa por três fases: a designação de “servo” ou “serva de Deus”, depois para “beato” ou “beata”, para finalmente virar “santo” ou “santa”.

O padre José Oscar Beozzo, teólogo e historiador, lembra que o papa Francisco desbloqueou o processo de canonização do arcebispo salvadorenho Oscar Romero, assassinado no momento em que celebrava uma missa, no dia 24 de março de 1980. Defensor dos direitos humanos e principalmente dos camponeses de sua diocese, seu processo de canonização era considerado “político” demais pelo Vaticano.

 

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