Acessar o conteúdo principal
Síria/Retaliação

Síria não cederá às pressões internacionais mesmo em caso de 3ª Guerra Mundial

O vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Moqdad, disse nesta quarta-feira, dia 4 de setembro, que não cederá às ameaças de uma intervenção militar dos Estados Unidos e seus aliados, mesmo se isso resultar em uma terceira guerra mundial. As afirmações foram concedidas em uma entrevista exclusiva à agência de notícias France Presse (AFP).

O vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Moqdad, em foto de arquivo.
O vice-ministro sírio das Relações Exteriores, Fayçal Moqdad, em foto de arquivo. DR
Publicidade

Moqdad foi categórico ao afirmar que a Síria não se dobrará diante de um ataque das potências ocidentais. “O governo sírio não mudará de posição mesmo se houver uma terceira guerra mundial. Nenhum sírio pode sacrificar a independência de seu país”, declarou.

O vice-ministro garantiu que Damasco tomou todas as medidas para rebater um eventual ataque e que seus aliados estão mobilizados em caso de uma intervenção militar - articulações lideradas pelos Estados Unidos e apoiada especialmente pela França. No entanto, disse não poder dar detalhes de como Bashar al-Assad pretende responder a uma interferência ocidental no país.

Moqdad afirmou ainda que a Síria tem o suporte militar de seus aliados, como o Irã, a Rússia e a África do Sul e que eles prevêem uma retaliação, caso um ataque à Damasco seja realizado. “Os Estados Unidos mobilizam seus aliados atualmente em vista de uma agressão contra a Síria. Eu acredito que a Síria também tem o direito de mobilizar seus aliados de forma que eles lhe ofereçam proteção”, completou.

Sobre uma possível participação da França na intervenção militar liderada pelos Estados Unidos, Moqdad disse: “Se a França quer apoiar a Al-Qaeda e a Irmandade Muçulmana como fez no Egito e em outras regiões do mundo, ela caminha ao encontro de um fracasso na Síria”.

O vice-ministro também elogiou a posição da Rússia, o principal país aliado de Damasco, inflexível sobre uma intervenção militar contra o regime de Bashar al-Assad desde o início do conflito, há dois anos e meio. “É uma posição responsável de um amigo que é a favor da paz”, finalizou.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.