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Rússia/Armas químicas

Putin quer “provas convincentes” do uso de armas químicas na Síria

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta quarta-feira, dia 4 de setembro, que agirá de maneira decisiva se os ocidentais derem "provas convincentes" do uso de armas químicas pelo regime sírio. Ele afirmou que as imagens de crianças mortas vítimas de bombardeio químico nada mais são do que uma compilação feita por terroristas ligados à Al-Qaeda.

O presidente russo, Vladimir Putin, não exclui a possibilidade de apoiar uma operação militar na Síria.
O presidente russo, Vladimir Putin, não exclui a possibilidade de apoiar uma operação militar na Síria. REUTERS/Alexei Druzhinin/RIA Novosti/Kremlin
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“Se há informações segundo as quais armas químicas foram empregadas pelo exército sírio, então essas provas devem ser apresentadas ao Conselho de Segurança da ONU. E elas devem ser convincentes”, declarou Putin, em entrevista à televisão russa. Ele insistiu que a confirmação não deve ser baseada sobre rumores ou informações recebidas pelos serviços secretos.

O presidente russo ressaltou que uma intervenção na Síria sem o aval da ONU seria “uma agressão”. Mas deixou a entender, pela primeira vez, desde o impasse sobre uma ação militar contra o regime de Bashar al-Assad, que a Rússia poderá agir, caso os argumentos das potências ocidentais sejam válidas. Se for o caso, disse o presidente, a Rússia estará pronta para apoiar uma ação militar ocidental.

Principal país aliado e grande fornecedor de armas à Síria, a Rússia suspendeu a entrega de mísseis de defesa S-300 ao regime sírio. O presidente russo garantiu que, apesar o contrato de entrega deste material bélico, ele não chegou a seu destino final. A instalação do sistema de defesa complicaria o projeto dos Estados Unidos ou de seus aliados a realizar um ataque aéreo contra a Síria.

Principal articulador de uma intervenção militar contra o regime de Bashar al-Assad, Washington espera a decisão do Congresso americano sobre a realização do ataque. A França, um dos países que mais apóia a decisão de punir a utilização de armas químicas na Síria, debate a questão na tarde desta quarta-feira, em seu Parlamento.
 

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