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Reportagem

Milhares de peregrinos dormem na areia de Copacabana à espera do papa

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Entre as mais de 3 milhões de pessoas que participaram da cerimônia de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, na manhã deste domingo, no Rio de Janeiro, dezenas de milhares haviam dormido na praia de Copacabana à espera do papa Francisco. A atividade fazia parte da peregrinação, uma tradição das jornadas. Para a sorte dos jovens, não choveu.

Peregrinos mostram sacos de dormir que utilizaram para passar a noite em Copacabana.
Peregrinos mostram sacos de dormir que utilizaram para passar a noite em Copacabana. RFI
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Hoje pela manhã, apesar do cansaço, todos estampavam largos sorrisos no rosto. A peruana Ana Ojeda estava encantada com a experiência. “Todos estavam muito contentes. Não estava muito frio, e dançamos, cantamos”, conta a jovem, que veio ao país com um grupo de 850 peruanos. “Os brasileiros foram muito amáveis.”

O estudante Luiz Dias achou que a noite de vigília fez os jovens sentirem as dificuldades dos moradores de rua. “Como o papa Francisco traz uma mensagem de humildade, eu me coloquei no lugar das tantas pessoas que não tem mesmo onde dormir. Foi gratificante”, afirmz.

Os catarineses Jean Marques e Willian Caset estavam impressionados com o quanto conseguiram descansar durante a noite, sob as estrelas. “Nós não tivemos nenhum problema, nos sentimos muito bem. Ninguém nos incomodou”, diz Jean. “Eu me senti em casa. A única diferença era não ter o meu colchão”, brinca Willian.

Frio e falta de banheiros incomodaram

Já o carioca Rafael Paiva deixou a sua cama confortável no Leblon e foi dormir na praia com os outros peregrinos. Mas passou muito frio. “Foi de muito, muito frio, mas eu estava ansioso para ver o papa novamente, e também para saber onde será a próxima jornada.”

O maior problema relatado pelos peregrinos foi a falta de infraestrutura de higiene e toiletes na praia e arredores. Havia cerca de 1,4 mil banheiros químicos instalados em Copacabana, mas muitos acabaram estragados. A sujeira era generalizada em alguns pontos. Para as meninas, a dificuldade era ainda maior, lembra a carioca Cíntia Vasconcelos. “Foi bem complicado, porque o banheiro químico é horrível. Ficou uma situação bastante complicada”, observa. “Foi muito ruim. Para usar um banheiro legal, tinha que pagar.”

A próxima Jornada Mundial da Juventude vai ser longe da praia, na cidade de Cracóvia, na Polônia.

 

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