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Reportagem

Para patrocinadores, rumores de corrupção na FIFA são 'inquietantes'

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O presidente da FIFA, Joseph Blatter, jura de pés juntos que o órgão não está em crise, isso na iminência de ser reeleito para o cargo pela quarta vez, nesta quarta-feira, em Zurique. O suíço é candidato único, depois da desistência de Mohamed bin Hamman, do Catar, no último sábado. Mas os rumores de corrupção ameaçam a integridade da entidade e os grandes patrocinadores, até agora em silêncio, começam a manifestar desconforto.

Blatter se irrita com jornalista e nega crise na Fifa
Blatter se irrita com jornalista e nega crise na Fifa REUTERS/Arnd Wiegmann
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A Coca-Cola, um dos seis maiores parceiros da FIFA, que até a semana passada dizia ter plena confiança na entidade, declarou nesta terça-feria que as denúncias de corrupção são ‘inquietantes’. A VISA, gigante no setor de crédito, fez um apelo para que a FIFA tome as medidas necessárias para resolver a questão. A companhia aérea Emirates, afirmou estar ‘decepcionada’ pelas suspeitas de corrupção. Os outros grandes patrocinadores são Adidas, Hyundai e Sony.

Os rumores envolvem mais de um terço do alto escalão da FIFA. O estopim foi o vazamento de um email interno, no qual o secretário-geral da entidade, o francês Jérome Valcke, sugeria que o Catar tinha ‘comprado’ a Copa de 22. O Catar ameaçou processar Valcke, que acabou se retratando. O país é suspeito de ter pago pelo menos 20 milhões de dólares para sediar o evento.

A Federação Inglesa de Futebol pediu nesta terça-feira o adiamento da eleição para a presidência da FIFA, a fim de viabilizar a apresentação de um outro candidato para dar ‘credibilidade ao processo’. Representantes do futebol australiano disseram que a FIFA precisa de mudanças radicais.

Segundo especialistas, diante do poder da máquina da FIFA de se manter intocável, qualquer chance de mudança depende de três grupos: associações integrantes da FIFA, patrocinadores ou os torcedores. Amir Somoggi, diretor da área de consultoria em gestão esportiva da BDO Brazil, acredita que Blatter vai ser reeleito, mas diz que a imagem da Fifa foi arranhada. ‘Apesar de ter pouca influência na economia global, a FIFA tem um poderio político indiscutível; ela tem mais paises membros que a ONU, e gera um grande fluxo de investimentos para o país-sede’, disse Amir Somoggi em depoimento à RFI.
 

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