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Imprensa fica aliviada com primeiras medalhas de ouro da França

A imprensa francesa desta quarta-feira (10) festeja as primeiras medalhas de ouro da França, conquistadas somente na terça-feira (9), no quarto dia das Olimpíadas. “Até que enfim o ouro!”: a mesma manchete está estampada na capa do diário popular Aujourd'hui en France e do conservador Le Figaro.

Denis Gargaud conquistou a medalha de ouro no Rio, na terça-feira 9 de agosto de 2016, na prova de canoagem slalom, categoria caiaque simples masculina
Denis Gargaud conquistou a medalha de ouro no Rio, na terça-feira 9 de agosto de 2016, na prova de canoagem slalom, categoria caiaque simples masculina REUTERS/Lucy Nicholson
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Os jornais francesas informam que a França subiu finalmente ao primeiro lugar do pódio nas provas por equipe de hipismo e de canoagem slalom, categoria caiaque simples masculina. “Um alívio”, escreve Aujourd'hui en France.

Sempre irônico, Libération brinca que “o ouro francês veio a cavalo!” Após três dias de quase jejum, ao todo a França conquistou ontem cinco medalhas, soma agora seis títulos e está em nono lugar na classificação geral.

Pior início de Olimpíada da França desde 1980

Nos primeiros dias dos Jogos, os atletas franceses, que tinham obtido apenas uma medalha de prata, na natação, estavam frustrados com os resultados, salienta Le Figaro. “Um início de Olimpíada medíocre como este só aconteceu 36 anos atrás, em Moscou”, escreve o diário. Na época, a delegação francesa só conquistou a primeira medalha no quarto dia do evento.

Mas o jornal conservador lembra que em 1980 o programa olímpico tinha muito menos provas e que a França participava com apenas com 120 atletas, um número insignificante comparado aos quase 400 que defendem o país no Rio agora. A França decepcionou principalmente no judô, na natação e na esgrima. “Difícil encontrar uma explicação plausível para este fracassso inicial”, critica Le Figaro.

Mas a França acordou e conquistou cinco medalhas em apenas um dia. Além dos dois ouros, o país também levou duas pratas, no judô e no hipismo, e um bronze, na esgrima.

Crise na equipe de natação preocupa

A terça-feira foi uma "jornada maravilhosa, pena que a equipe de natação se desentendeu e acertou suas contas diante das câmeras de TV", lamenta Aujourd'hui en France. Os nadadores do revezamento de 200 metros foram eliminados ontem, mas antes da eliminação “acabaram com a harmonia de fachada que reinava na equipe”. A desistência do campeão olímpico de 2012, Yannik Agnel, de disputar a prova na última hora “provocou a ira dos colegas e revelou um mal-estar antigo”, explica o diário.

Aujourd'hui en France culpa a gestão dos atuais dirigentes da Confederação Francesa de Natação. A instituição nega qualquer problema, mas na prática “selecionou mal e prejudicou a excelência da natação francesa. Haverá um antes e um depois da Rio 2016”, afirma o jornal. Última esperança francesa no esporte é Florent Manaudou, que disputa os 50 metros.

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