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França/manifestação

Governo francês volta atrás e autoriza manifestação contra a reforma trabalhista

O governo francês mudou de ideia e autorizou a manifestação contra a reforma trabalhista prevista para esta quinta-feira (22) em Paris. O trajeto da passeata, entretanto, será restrito a um perímetro de 1,6 quilômetro em volta da praça da Bastilha.

Um membro do sindicato da CGT em frente de uma empresa PSA durante manifestação contra reformas da lei de trabalho em 26 de Maio, 2016 Valenciennes, norte da França.
Um membro do sindicato da CGT em frente de uma empresa PSA durante manifestação contra reformas da lei de trabalho em 26 de Maio, 2016 Valenciennes, norte da França. FRANCOIS LO PRESTI / AFP
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O anúncio foi feito pelas principais centrais sindicais francesas, durante uma coletiva de imprensa. A decisão foi tomada nesta manhã depois de uma reunião de 45 minutos entre o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e os secretários-gerais da CGT, Philippe Martinez, e da FO, Jean Claude Mailly, duas das principais centrais sindicais francesas.

Para os dois responsáveis sindicais, a decisão é uma “vitória da democracia”. Os dois representantes também pediram ao presidente francês, François Hollande, que recebesse rapidamente os sindicatos para discutir o conflito social em torno do projeto de lei. Depois de dois dias de negociações com os sindicatos, a secretaria de segurança pública de Paris havia decidido, inicialmente, proibir o desfile de amanhã.

Essa proibição de manifestar, que provocou uma grande polêmica, teria sido a primeira desde 1962, quando o governo decidiu não autorizar a passeata pela paz na Argélia. Mas, apesar da pressão, o presidente francês não cedeu e preveniu o Conselho de Ministros que, se as condições não estivessem reunidas, a autorização não seria dada, segundo o porta-voz do governo Stéphane Le Foll.

Premiê francês enterrado em seu autoritarismo

Na quarta-feira de manhã, um dos representantes sindicais criticou o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, dizendo que ele estava “enterrado em seu autoritarismo”, e que o próximo passo seria prender os sindicalistas. O Palácio do Eliseu divulgou um comunicado estimando que a interdição era uma “decisão de gestão operacional de ordem pública”. As últimas manifestações foram marcadas por vários tumultos entre a polícia e os baderneiros que se infiltram na passeata. Em uma delas, as vidraças do hospital Necker, que atende crianças doentes, chegaram a ser quebradas.
 

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