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França

Prefeita de Paris quer criar campo de refugiados na capital francesa

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou nesta terça-feira (31) que deseja criar um campo de refugiados na capital francesa. A medida é uma resposta aos inúmeros acampamentos ilegais e insalubres na cidade, desmantelados com frequência.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo (centro), durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (31).
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo (centro), durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (31). MATTHIEU ALEXANDRE/AFP
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Em uma entrevista coletiva, Hidalgo informou que a prefeitura está analisando "diferentes locais" em Paris que poderiam acolher o campo de refugiados. A prefeita afirmou que a situação atual é "insustentável", já que acampamentos se formam frequentemente na capital. Há alguns dias, quase 800 pessoas foram retiradas de um alojamento ilegal no norte da capital.

Segundo Hidalgo, o acampamento que pretende criar respeitará as mesmas regras dos alojamentos do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. A previsão, segundo ela, é instalar as pessoas "o mais rápido possível" e "com todo o conforto necessário".

A prefeita revelou que vários locais no norte de Paris estão cotados para acolher o centro que deverá receber centenas de pessoas. A abertura não acontecerá antes de um mês e meio, ressaltou Hidalgo.

O objetivo é eliminar alojamentos que a prefeita classificou de "indignos". "Esperamos que as pessoas que chegarem desmunidas não sejam obrigadas a se instalarem nos metrôs ou em acampamentos ilegais", reiterou.

Situação perdura desde 2014

Desde o início da crise dos migrantes, em 2014, acampamentos de refugiados ilegais se formaram em algumas regiões de Paris. No primeiro deles, no metrô de la Chapelle, chegaram a viver centenas de pessoas. O local foi esvaziado em 2015. Um novo acampamento se formou aos arredores da estação Stalingrad e foi evacuado em abril deste ano.

No entanto, a Selva de Calais, no norte de França, é ainda o maior alojamento de migrantes do país. No local chegaram a viver 6 mil pessoas. No final de 2015, o governo francês iniciou a transferência dos habitantes a centros de acolhimento de migrantes.

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