Cada vez mais jovens querem ser policiais na França
O jornal Le Figaro desta terça-feira (16) traz como manchete o aumento da procura pela profissão de policial entre os jovens na França. Segundo a publicação, os atentados de janeiro e de novembro do ano passado em Paris afetaram a consciência coletiva, traduzindo-se em uma paixão inédita pelas forças de ordem.
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O concurso extraordinário para contratar 2.801 policiais que irão, exatamente, enfrentar a ameaça terrorista, teve 35.464 inscritos, o número mais alto da história da França. Para dar uma ideia do enorme crescimento, a cifra representa 50% a mais de inscritos que no último concurso realizado, em setembro de 2014.
Em entrevista ao jornal, o diretor da Polícia Nacional afirmou que "estamos diante de um fenômeno novo porque as motivações não são mais as mesmas". Segundo ele, antes os candidatos decidiam trabalhar na polícia por um sonho de infância ou por influência de algum amigo ou parente que já exercia a profissão.
Vontade de proteger a população
Desde o atentado contra o jornal Charlie Hebdo, os jovens se dizem motivados por um verdadeiro engajamento cidadão. Querendo dar um sentido à sua vida pessoal, eles destacam a vontade de proteger a população contra o terrorismo, quando seus predecessores apenas sonhavam em correr atrás de ladrões.
O interesse pela polícia no país aumentou exponencialmente depois dos atentados de novembro. A conta da corporação no Twitter dobrou o número de seguidores, com atualmente 210 mil inscritos, e os seguidores da página do Facebook cresceram 40%, chegando a 516 mil.
No fim de semana após os ataques, o site da polícia nacional, que recebia em média 200 mensagens por dia, foi inundado por 11 mil mensagens diárias. Ou seja, uma a cada 3 segundos.
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