Escola invadida em Paris pode se tornar refúgio para imigrantes
A prefeitura de Paris informou que não pretende expulsar os cerca de cem imigrantes clandestinos que invadiram uma escola abandonada no nordeste da capital francesa. Desde o início de junho, a cidade já criou 1.300 vagas de acolhimento de urgência.
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Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (3), o secretário-adjunto da prefeitura, Bruno Julliard, declarou que uma equipe técnica será enviada ao local para verificar a salubridade e a segurança do edifício de quatro andares, situado em um bairro popular da cidade. Para ele, mesmo que a ocupação seja ilegal, é uma questão de solidariedade acolher os imigrantes.
O prédio, que data dos anos 1970, estava vazio há quatro anos. As salas de aula foram transformadas em dormitórios. A prefeitura de Paris pretendia transformar o edifício abandonado, que sediava uma escola técnica de hotelaria, em uma midiateca, mas, com a chegada dos clandestinos, decidiu mantê-lo como um centro de acolhimento temporário. De acordo com Julliard, os locais apropriados para abrigar imigrantes em Paris estão 100% ocupados atualmente.
Acampamentos desmantelados
Na semana passada, 240 pessoas, a maioria de eritreus e sudaneses, foram retirados de um acampamento no norte da capital. Outras 340 pessoas continuam acampadas em condições precárias nos arredores da Cidade da Moda e do Design, no sudeste de Paris.
A prefeitura afirma não dispor de dados exatos sobre o número de imigrantes clandestinos que vivem atualmente na capital, mas diz que está examinando todos os pedidos de asilo feitos.
(Com informações da AFP)
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