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União Europeia/Imigração

Acolhimento de imigrantes em busca de asilo divide europeus

Os países da União Europeia não chegaram a um consenso sobre a política de acolhimento dos requerentes de asilo no Velho Continente. Apesar de um acordo parcial, o bloco adiou para dezembro a decisão final sobre a repartição entre os 28 membros do grupo dos 40 mil imigrantes que desembarcaram clandestinamente na Grécia e na Itália.

Imigrantes clandestinos esperam na fronteira da Grécia com a Macedônia.
Imigrantes clandestinos esperam na fronteira da Grécia com a Macedônia. REUTERS/Ognen Teofilovski
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Bruxelas havia definido quotas para os 28 membros do grupo, que seriam responsáveis pela organização do acolhimento dos requerentes de asilo. No entanto, muitos países se opuseram à decisão. "Temos um resultado, mas ele ainda não atinge" o montante solicitado pela Comissão, declarou a secretária de Estado alemã, Emily Haber, ao deixar a reunião com os ministros do Interior, em Bruxelas, nesta segunda-feira (20).

Apenas 32 mil dos 40 mil imigrantes que esperam para obter o status terão a situação definida em 2015. Os demais terão que aguardar o resultado de novas reuniões, previstas para o final do ano.

Áustria se recusa a receber imigrantes

Entre os mais resistentes ao projeto de repartição dos requerentes de asilo está a Áustria, que não apresentou nenhuma proposta. Já Eslováquia, Eslovênia, Espanha e os países bálticos se ofereceram para receber um número de imigrantes muito inferior ao solicitado pela Comissão. “Estamos agindo com responsabilidade e solidariedade", declarou o ministro espanhol do Interior, Jorge Fernandez Diaz. Madri ofereceu 1.300 vagas das 4.288 que pedia a Bruxelas.

"É bem abaixo do que a Comissão havia exigido", admitiu Fernandez Diaz, explicando que Madri não tinha considerado o acordo "justo", pois o projeto não ponderava os esforços da Espanha para conter o fluxo de imigrantes. Bruxelas pretende distribuir o acolhimento dos requerentes de asilo proporcionalmente, com base em critérios como o PIB e a população de cada país do bloco.

Cerca de 150 mil imigrantes entraram na Europa clandestinamente por via marítima desde o início do ano. Fugindo de guerras e da pobreza, eles desembarcam principalmente na Grécia e na Itália, segundo estatísticas da Organização Internacional para Migrações (OIM).

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