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França/Política

Sem provas, justiça francesa retira acusações contra Sarkozy no caso L'Oréal

Alegando não ter provas suficientes para levá-lo a julgamento, nesta segunda-feira, 7 de outubro, os juízes do tribunal de Bordeaux decidiram retirar as acusações contra o ex-presidente Nicolas Sarkozy. Ele foi indiciado em março deste ano sob suspeita de ter abusado da fragilidade de Liliane Bettencourt, herdeira do grupo L'Oréal, para obter fundos para sua campanha em 2007. A decisão judicial abre as portas para um eventual retorno de Sarkozy à vida política.

O presidente Nicolas Sarkozy , declarado inocente pela justiça depois de indiciamento no caso L'Oréal.
O presidente Nicolas Sarkozy , declarado inocente pela justiça depois de indiciamento no caso L'Oréal. Reuters
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Foram dois anos e meio de investigações, 22 horas de interrogatório, quatro perquisições e dezenas de policiais mobilizados. Mas os três juízes encarregados do caso consideraram que não há provas suficientes para um processo contra Nicolas Sarkozy, indiciado em 21 de março passado. Na época, os magistrados consideraram que Sarkozy poderia ter sido beneficiado por um esquema oculto que teria permitido que ele e outros dez acusados recebessem, em espécie, 800 mil euros (cerca de R$2,4 milhões) da bilionária Liliane Bettencourt, idosa e influenciável, e que hoje se encontra sob tutela. A mediação teria sido feito pelo administrador de Liliane, Patrice de Maistre, e o dinheiro foi sacado em duas vezes, em fevereiro e abril de 2007.

Se Sarkozy se livrou das garras da justiça, os outros réus do caso, inclusive o seu ex-ministro do Trabalho,  Eric Woerth, que era o tesoureiro da sua campanha, irão a julgamento.

De olho em 2017

Livre das acusações, Sarkozy tem o sinal verde para um eventual retorno à carreira política. Não é segredo que a maioria dos eleitores do seu partido UMP, de direita, gostariam de tê-lo como candidato nas presidenciais de 2017.

"Low profile" desde que perdeu as eleições de 2011 para o rival socialista François Hollande, Sarkozy ressurgiu recentemente como o "salvador da pátria" do UMP, em plena crise depois da rejeição pelo Conselho Constitucional das contas relativas à campanha eleitoral. Uma aparição que foi amplamente comentada pela imprensa francesa.

Sarkozy ainda não acertou todas as suas contas com a justiça; ele ainda é citado em outros casos, mas não foi indiciado em nenhum deles.

 

 

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