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França/Recessão

Hollande promete manter reformas para melhorar a competitividade

O presidente François Hollande se comprometeu nesta quarta-feira, em Bruxelas, a dar continuidade ao programa de reformas adotado por seu governo para reduzir o endividamento do país. Em troca, a Comissão Europeia vai conceder dois anos adicionais de prazo (até 2015) para o país reduzir seu déficit público a 3% do PIB. Dados divulgados hoje revelam que a França entrou novamente em recessão no primeiro trimestre de 2013, com um recuo do PIB de 0,2%.

François Hollande e Durão Barroso nesta quarta-feira (16) em Bruxelas.
François Hollande e Durão Barroso nesta quarta-feira (16) em Bruxelas. REUTERS/Laurent Dubrule
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"Nós estamos realizando reformas não por uma imposição da Comissão Europeia, e sim porque elas são do interesse do país", disse o líder socialista em entrevista coletiva, em Bruxelas, ao lado de José Manuel Durão Barroso, persidente da Comissão. O problema atual da Europa, segundo Hollande, é justamente a diferença do grau de competitividade de um país para o outro. "Minha responsabilidade é tomar decisões adequadas para gerar crescimento e aumentar a competitividade de nossa indústria", insistiu o chefe de Estado francês. Hollande lembrou que em um ano de governo os socialistas já tomaram medidas fiscais para melhorar a competitividade das empresas, flexibilizaram a legislação trabalhista e decretaram novas regras no sistema bancário.

Essas reformas, no entanto, ainda não dão os resultados esperados e Hollande é atacado de todos os lados por uma suposta inércia diante da gravidade da crise. O desemprego não para de crescer mês a mês e hoje mesmo foi confirmado que a França entrou em recessão, o que não acontecia há quatro anos. Hollande tem sido criticado internamente de maneira feroz − a taxa de popularidade do líder socialista é uma das mais baixas da história, apenas 25% − enquanto na Europa, a França ainda aparece como um país que demora a adotar as reformas estruturais necessárias.

Durão Barroso negou que a Comissão Europeia tenha favorecido a França ao prolongar o prazo de cumprimento das metas de déficit público. O dirigente português afirmou que as reformas em curso vão na boa direção e insistiu para Paris corrigir os problemas estruturais que afetam a competitividade.

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