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França

Hollande promete resultados e anuncia plano de investimentos

Em baixa nas pesquisas de opinião e muito criticado pela imprensa francesa, o presidente francês, François Hollande, prometeu hoje que o segundo ano da sua presidência será um período de resultados. A declaração foi feita após uma reunião no Palácio do Eliseu com o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, e seu gabinete para fazer um balanço do primeiro ano de sua gestão.

O presidente francês, François Hollande, durante reunião ministerial no dia 6 de maio de 2013.
O presidente francês, François Hollande, durante reunião ministerial no dia 6 de maio de 2013. REUTERS/Martin Bureau/
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No encontro, ele anunciou as reformas que deverão ser implementadas nos próximos meses. Diante dos ministros, o presidente François Hollande declarou que o premiê Jean-Marc Ayrault vai apresentar um plano de investimento nas «próximas semanas» para os « próximos 10 anos». O plano, disse Hollande, vai se concentrar nos setores «de transição energética, saúde, grandes infraestruturas e novas tecnologias».

A guinada do governo francês vai se basear também em quatro pilares : « rigor orçamentário », « pacto de competitividade », « controle das finanças », por meio da criação do Banco Público de Investimento, e  «reforma do mercado de trabalho ». A reforma do setor bancário também integra o pacote de medidas que serão anunciadas.

O presidente francês reiterou que a população vai poder perceber melhoras no emprego, na habitação, na educação e, sobretudo, a volta do crescimento. «O que foi feito neste ano foi consistente, mas o que ainda temos a fazer é considerável», avaliou Hollande. Na declaração à imprensa, ela insistiu que «o ano que virá será de resultados». «As reformas vão mudar o rosto da França profundamente. Mas elas necessitarão de tempo», alertou Hollande que disse, porém, compreender a impaciência e o ceticismo dos franceses.

Ao fazer um balanço desse primeiro ano, Hollande não deixou de criticar a herança dos governos anteriores. Ele argumentou que, ao assumir o poder no ano passado, ele encontrou um país «corroído pelos déficits e pela dívida, enfraquecido pela perda de competitividade e, sobretudo, pelo aumento contínuo do desemprego nos últimos cinco anos».

O projeto de reformas e de investimentos de Hollande chega em um momento em que o presidente é alvo de ataques da direita e da esquerda. Ontem, 180 mil manifestantes de extrema-esquerda , segundo os organizadores, e 30 mil, para a polícia, foram às ruas de Paris protestar contra a austeridade e pedir mudanças profundas no governo. Ao mesmo tempo, representantes da «Manif pour tous» (manifestação para todos) protestavam contra a aprovação da lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

 

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