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França/Política

Hollande descarta reforma ministerial apesar de escândalo fiscal

O presidente François Hollande descarta realizar uma reforma ministerial apesar das pressões da oposição após o indiciamento do ex-ministro do Planejamento Jerôme Cahuzac por fraude fiscal e lavagem de dinheiro.

O presidente François Hollande (à esq.) e Jérôme Cahuzac, na época que era ministro do Planejamento em 4 de janeiro de 2013.
O presidente François Hollande (à esq.) e Jérôme Cahuzac, na época que era ministro do Planejamento em 4 de janeiro de 2013. REUTERS/Philippe Wojazer
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"Não é o governo que está em causa, é um homem que falhou. No que diz respeito ao funcionamento do governo, não há nehuma decisão a ser tomada, senão poderia dar a impressão de que o governo tem alguma coisa a ver com isso", diz o chefe de estado.

François Hollande reconhece a gravidade da crise política e ética gerada pelo escândalo Cahuzac, e garante que vai propor melhorias na legislação tanto em em relação a conflito de interesses quanto controle fiscal.

Para a oposição, o caso é grave demais e requer mobilização popular. Nesta sexta-feira, o líder da extrema-esquerda e candidato derrotado à presidência, Jean-Luc Mélenchon, disse que o sistema político francês está "podre por dentro".

Mélanchon lançou a ideia de uma manifestação no dia 5 de maio, aniversário de um ano do segundo turno da eleição presidencial, para exigir uma faxina na classe política e a convocação de uma Assembleia Constituinte.

Defesa

Aliviados com a declaração de Hollande de que não vai haver uma reforma no primeiro escalão do governo, os ministros saíram em defesa da posição do chefe de estado e de seus próprios interesses em se manterem no cargo.

Admitindo que o presidente e seu governo atravessam um momento “difícil”, o ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, declarou que “ não é porque um ministro errou que todos devem ser prejudicados”.

O ministro do Trabalho, Michel Sapin, defendeu seu colega do ministério da Economia, Pierre Moscovici, acusado pela oposição de sido complacente com o ex-ministro Cahuzac. “Ele deu instruções de que todos os documentos sejam entregues à justiça... ele criou uma ‘muralha da China” entre ele e o Cahuzac”, afirmou Sapin. “Cada partido , seja de direita quanto de esquerda, pode ter um pessoas que cometem falhas, é da natureza humana”, afirmou o ministro.
 

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