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França/ eleições

Oposição critica medidas econômicas anunciadas por Sarkozy

A oposição francesa não perdeu tempo e critica hoje tanto os anúncios econômicos quanto a postura do presidente Nicolas Sarkozy, que ontem à noite, ao vivo na televisão, apresentou um último pacote econômico de seu mandato. A secretária-geral do Partido Socialista, Martine Aubry, avaliou que Sarkozy parecia “um pouco perdido” durante a entrevista e julga as medidas “improvisadas”, “erradas e de uma profunda injustiça social”.

Nicolas Sarkozy apresentou medidas ao longo de uma entrevista de mais de uma hora a quatro jornalistas franceses
Nicolas Sarkozy apresentou medidas ao longo de uma entrevista de mais de uma hora a quatro jornalistas franceses REUTERS/France Television
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Nicolas Sarkozy apresentou medidas econômicas para aumentar a competitividade e o crescimento da França, além de diminuir o desemprego de 9,3% e evitar a transferência de empresas e indústrias francesas para outros países. Ele anunciou que, a partir de outubro, haverá um aumento de 1,6% no imposto sobre valor agregado de produtos e serviços, a TVA, que hoje é de 19,6% e incide sobre bens de consumo. Com isso, será possível financiar isenções de encargos trabalhistas no valor de 13 bilhões de euros.

A secretária-geral do Partido Socialista avaliou que o conservador falava “como se ele já tivesse perdido a eleição”, que acontecem em maio. Pierre Moscovici, diretor de campanha do candidato socialista, François Hollande, considera que as declarações de Sakozy “confirmam o fracasso do seu governo”. Ele ainda criticou o fato de que a entrevista com o presidente foi transmitida simultaneamente em seis canais de televisão franceses: para Moscovici, isso demonstra que o conservador começou indiretamente a sua campanha, embora ainda não tenha se declarado candidato.

Já o inimigo político número 1 de Sarkozy, o ex-primeiro-ministro Dominique de Villepin, acha que as medidas econômicas foram anunciadas “tarde demais”. Para Jean-Luc Melenchon, candidato da Frente da Esquerda, o pacote representa “um terceiro plano de austeridade” do governo francês. Também os sindicatos criticaram as medidas, que segundo eles penalizam os trabalhadores.

Enquanto isso, os aliados do presidente saíram em sua defesa. O premiê François Fillon estima que as decisões foram “fortes” e “mostram a determinação de agir a serviço dos franceses”. O ministro do Interior, Claude Guéant, fez questão de lembrar que Sarkozy “foi eleito para cinco anos, e não para quatro e meio, por isso é preciso agir”.

 

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