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Massacre na Noruega reascende discussões sobre extrema-direita na imprensa francesa

O atentado a bomba e o tiroteio que fizeram 93 vítimas na Noruega, na última sexta-feira, continuam sendo destaque na imprensa francesa nessa segunda-feira. Os jornais analisam as relações do massacre com a crescente importância da extrema-direita na Europa do Norte.

Mais uma vez, capas dos jornais foram dedicadas à tragédia.
Mais uma vez, capas dos jornais foram dedicadas à tragédia. RFI
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"A pacífica Noruega sacudida por uma violência extrema", diz a manchete do La Croix. Segundo o jornal, partidos populistas xenófobos se impuseram no Parlamento dos quatro países escandinavos: Noruega, Finlândia, Dinamarca e Suécia. O jornal também traz uma entrevista com o especialista em assassinos de massa, Stéphane Bourgoin, segundo o qual, a fascinação de Anders Breivik pelas armas, o fato de ter planejado o atentado por anos e de não sentir remorso, indicam que o perfil do jovem corresponde à definição de assassino de massa.

A manchete do l'Humanité fala do reaparecimento do terrorismo de extrema-direita. Segundo o diário, o manifesto político colocado na internet por Anders Behring Breivik mostra os perigos de um novo discurso anti-Islã na Europa. Para o jornal, a nova extrema-direita dos países do norte se escondeu sob a palavra “populista”.

O Libération retrata os últimos meses de Breivik e a preparação do massacre. O jornal também fala da crescente importância dos partidos populistas na Noruega e fala do aumento da importância do Partido do Progresso, o FRP no país, do qual Breivik membro de 1997 a 2004. Segundo o diário, uma das prioridades do partido era a política anti-imigração.

O Les Echos também aborda o massacre. O diário de economia ressalta que a direita populista recusa ser associada ao duplo atentado de Oslo. Segundo o jornal, esses partidos de direita, que ganharam muito poder político recentemente, tentam ganhar também o respeito dos eleitores. O Lês Echos lembra que a Noruega é um dos países mais ricos do mundo, segundo exportador mundial de gás e sexto de petróleo, e que os imigrantes representam 12% da população do país.
 

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